Mamaço no Palácio do Catete conscientiza sobre a importância do aleitamento materno

RIO – O jardim do Palácio do Catete, na Zona Sul, foi o palco escolhido pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro para celebrar, na manhã deste sábado, o Agosto Dourado, campanha que tem como objetivo conscientizar a sociedade da importância do aleitamento materno. No evento, Carmen Elias, presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, falou sobre a urgência do tema e foi realizado também um mamaço no local.

— A meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que 90% dos bebês sejam amamentados exclusivamente pelas mães nos primeiros seis meses de vida. No Rio de Janeiro, as estatísticas apontam que estamos em torno de 41%, no Brasil em torno de 38%, ou seja, muito abaixo do ideal— diz a pediatra, que completa:

— A mulher precisa de todo tipo de apoio para o aleitamento, que é um verdadeiro ato de doação. Nada melhor do que a mãe amamentar já na primeira hora de vida do bebê e até pelo menos seis meses.

Os benefícios do aleitamento materno são muitos.

— O leite materno é um alimento perfeito, que salva vidas. Estatísticas científicas mostram diminuição de mortalidade e de casos de câncer, tanto em mães que amamentam quanto em pessoas que foram amamentadas exclusivamente com leite materno por seis meses. Todos devem ser conscientes do valor desta nutrição. Aleitamento materno é a base da vida — frisa a presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ.

Saúde e aleitamento materno, de fato, caminham juntos. É o que garante a enfermeira Carolina Dantas, de 25 anos, mãe de Cecília, de 1 ano:

— A amamentação ajuda o sistema imunológico. Minha filha não fica doente, não pega resfriado, nada. Como tive dificuldade para amamentar porque Cecília tinha a língua presa, procurei um banco de leite, onde recebi a orientação necessária. Amamento minha filha até hoje.

No Rio de Janeiro, são 16 bancos de leite no total.

— Além de orientar as mães, os bancos de leite recebem doações das mães que têm leite e doa para os bebês que estão precisando desse líquido divino. Nada melhor do que doar vida. Os bancos de leite são certificados, tem controle microbiológico — avisa a pediatra Carmen Elias.

A assistente contábil Carla Prata Lopes, de 34 anos, é uma entusiasta do aleitamento materno. Ela amamentou seu filho, Stevhen, de 1 ano e 7 meses, até que ele voluntariamente deixasse de mamar nos seus seios.

— Só parei de amamentar quando Stevhen completou 1 ano e não quis mais mamar. O processo de aleitamento é dolorido, não é fácil, mas vale a pena. Meu filho é muito saudável — comemora.

O apoio recebido por Erika Gomes pela equipe do Hospital Federal de Bonsucesso foi fundamental para que ela amamentasse sua filha, Teodora, de 5 meses:

— Estava tendo dificuldade, mas recebi todo o suporte para alimentar a minha filha e consegui. Todo apoio, seja de médicos, do parceiro, da família, do trabalho, é bem-vindo!

 

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