Merenda escolar: uma refeição difícil de administrar Lápis, borracha e cadernos novos para a volta as aulas. Além destas preocupações os pais têm de administrar um outro problema: a merenda escolar. Mesmo proibidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, as cantinas escolares continuam recheadas de alimentos ricos em ´calorias vazias´, com excesso de sal (pacotes de salgadinhos), doces, chocolates, refrigerantes e balas.
A Presidente do Comitê de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ), Claudia Braga alerta que a alimentação da criança deve ser equilibrada. "Na fase de crescimento a criança precisa se alimentar adequadamente, visto que a obesidade infantil tem aumentado muito. Estamos detectando, cada vez mais, uma elevação dos níveis de colesterol e da pressão arterial em crianças pequenas e adolescentes". O maior inimigo dos pais na hora de controlar o que o filho está comendo na escola é a cantina. "Lá está a maior tentação. Fica difícil exigir que a criança não compre esses alimentos. O ideal é ela levar o lanche de casa mas, para isso, primeiro os pais têm de convencer os filhos", explica Claudia Braga, que garante ser difícil convencê-los. "Eles gostam de receber mesada, poder decidir o que comprar e comer".
Segundo a pediatra, os pais devem insistir para que o filho leve o lanche de casa e incluir frutas, derivados do leite e sucos na merenda. Alguns colégios, principalmente os públicos, fornecem a refeição, mas são poucos os que contam com um nutricionista no quadro de funcionários. Assim, nem sempre a comida é adequada às necessidades nutricionais das crianças e dos adolescentes. "As escolas também devem se preocupar em avaliar que tipo de alimentos estão sendo oferecidos em suas cantinas.
Afinal, a promoção de saúde das crianças deve estar incluída em uma proposta educacional responsável", finaliza, a pediatra Célia Ruth, presidente do Comitê de Nutrição da SOPERJ.