SOPERJ apoia atividades e realiza workshop na Semana Mundial de Aleitamento Materno 2018

Tema definido pela WABA este ano será “Aleitamento materno: a base da vida”

Na Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), entre 1 e 7 de agosto, a Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SOPERJ) programou diversas atividades que serão realizadas em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) e também instituições privadas.  Serão seminários, palestras, rodas de conversa e wokshop que, a partir de amanhã, pretendem discutir os benefícios da amamentação, sobretudo nos seis primeiros meses de vida do bebê. “Aleitamento materno: a base da vida” é o tema deste ano, definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês). De acordo com a rede internacional, o tema da SMAM de 2018 é muito pertinente e ressalta que "em um mundo de desigualdades, crises e pobreza, a amamentação é o alicerce da boa saúde ao longo da vida para mães e filhos".

Nesta quarta-feira, dia 1º de agosto, das 9 às 13h, será realizado pela Secretaria Estadual de Saúde o XXIV Seminário Estadual de Aleitamento Materno (Rua México, 128). Dia 2, será a vez do Centro de Estudos do Prontobaby, na Tijuca, apoiar a SMAM com palestra gratuita e aberta ao público. Na quinta-feira, dia 9, a mobilização será no Hospital Maternidade Alexander Fleming, em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio, onde a Família Lúdica da SOPERJ fará uma roda de conversa sobre aleitamento materno, com a participação de profissionais de saúde e internos da unidade.

Sábado, dia 11, das 9h às 13h, no Palácio do  Catete, haverá atividades lúdicas para as crianças, roda de conversa com profissionais de saúde e famílias e promoção do aleitamento materno. Finalizando a programação, a SOPERJ realizará o I wokshop de Amamentação dia 15 de agosto, das 8h às 17h, no hotel Atlântico Copacabana, (Rua Siqueira Campos, 90), com as presenças da presidente da SOPERJ, Dra Isabel Rey Madeira, da presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, Dra Carmem Elias e da dra Marina F. Rea, representante da IBFAM e da OMS no Brasil. 

Todas estas atividades visam reforçar a necessidade de uma maior conscientização de toda a sociedade para a importância do aleitamento materno. Especialistas recomendam oferecer leite materno exclusivo até os seis meses de vida, manter o aleitamento materno até dois anos faz parte da qualidade de vida para a dupla mãe e bebe.  Dados comprovam que apenas 38% das crianças que nascem nas Américas recebem amamentação exclusiva até os seis meses. Para a dra Carmem Elias, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, o incentivo à amamentação deve envolver toda a sociedade. “O aleitamento materno reduz em seis vezes o risco de morte por diarreia e previne outras infecções, principalmente antes de um ano de vida. A criança que se alimenta com o leite materno tem menos chances de desenvolver doenças alérgicas que aquela alimentada artificialmente. Além disso, o leite materno é um meio econômico e prático de alimentar o bebê e a prática de amamentar também tem grande importância para a saúde da mulher, pois o seu organismo se recupera mais rapidamente”, esclarece a pediatra.

Dra Carmem Elias lembra que com a amamentação, as crianças terão vantagens nutricionais, imunológicas (adoecem menos) e psicoemocionais, com o fortalecimento do vínculo afetivo. “Além disso, a amamentação, comprovadamente reduz o risco de câncer de mama”, completa, ressaltando que não existe leite fraco.  Carmem Elias explica que o colostro, líquido amarelado que a mulher produz nos primeiros dias de amamentação, é perfeito para o recém-nascido. “As proteínas e as células de defesa protegem a mucosa intestinal do bebê”, afirma.  Outra preocupação dos pediatras é com relação à propaganda dos supostos substitutos do leite materno, que se mantém de modo ininterrupto favorecendo o desmame precoce. “O leite humano é muito mais vantajoso que seus concorrentes”, conclui.

Em 2013 tivemos no Brasil uma prevalência de 36,6% no aleitamento materno exclusivo (AME) e no aleitamento materno (AM) a prevalência foi de 52,1%.  Devemos comemorar sim, o aumento da prevalência de AM a partir de 18 meses, que estava em forma de platô desde o início dos primeiros estudos.  O estímulo da amamentação exclusiva salva nada menos que seis milhões de crianças por ano. A amamentação em até uma hora após o nascimento protege o bebê de infecções e reduz a mortalidade infantil. Campanhas mundiais de aleitamento são feitas periodicamente por todos os benefícios da amamentação.

Benefícios da amamentação:

Para o bebê – O leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais até o 6º mês de vida. Bebês que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro. A amamentação previne alergias, anemia e infecções respiratórias, como a asma. Bebês amamentados têm risco menor de desenvolver diabetes tipo 2.

Para as mães – A amamentação reduz a depressão pós-parto. O leite materno é acessível. A amamentação ajuda no controle da natalidade (tem uma taxa de proteção de 98% nos primeiros seis meses). Tem um efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário. A amamentação reduz o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.