SOPERJ apoia mamaço no Palácio do Catete na Semana Mundial de Aleitamento Materno 2018

           Um mamaço, acompanhado de uma série de uma série de atividades lúdicas para crianças, e roda de conversa, com profissionais de saúde e famílias, marcarão a promoção do aleitamento materno neste sábado, dia 11, das 9h às 13h, nos jardins do Palácio do Catete. A atividade, promovida pela Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SOPERJ) é mais uma ação dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que este ano tem como tema “Aleitamento materno: a base da vida”.

De acordo com a Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês), o tema é muito pertinente e ressalta que "em um mundo de desigualdades, crises e pobreza, a amamentação é o alicerce da boa saúde ao longo da vida para mães e filhos".

Ainda dentro da programação, a SOPERJ realizará, no próximo dia 15, o I wokshop de Amamentação, no hotel Atlântico Copacabana, (Rua Siqueira Campos, 90), com as presenças da presidente da SOPERJ, Dra Isabel Rey Madeira, da presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, Dra Carmem Elias e da dra Marina F. Rea, representante da IBFAM e da OMS no Brasil. 

Estas atividades visam reforçar a necessidade de uma maior conscientização de toda a sociedade para a importância do aleitamento materno. Especialistas recomendam oferecer leite materno exclusivo até os seis meses de vida, manter o aleitamento materno até dois anos faz parte da qualidade de vida para a dupla mãe e bebe.  Dados comprovam que apenas 38% das crianças que nascem nas Américas recebem amamentação exclusiva até os seis meses.

Para a dra Carmem Elias, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP e presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, o incentivo à amamentação deve envolver toda a sociedade. “O aleitamento materno reduz em seis vezes o risco de morte por diarreia e previne outras infecções, principalmente antes de um ano de vida. A criança que se alimenta com o leite materno tem menos chances de desenvolver doenças alérgicas que aquela alimentada artificialmente. Além disso, o leite materno é um meio econômico e prático de alimentar o bebê e a prática de amamentar também tem grande importância para a saúde da mulher, pois o seu organismo se recupera mais rapidamente”, esclarece a pediatra.

Dra Carmem Elias lembra que com a amamentação, as crianças terão vantagens nutricionais, imunológicas (adoecem menos) e psicoemocionais, com o fortalecimento do vínculo afetivo. “Além disso, a amamentação, comprovadamente reduz o risco de câncer de mama”, completa, ressaltando que não existe leite fraco.  Carmem Elias explica que o colostro, líquido amarelado que a mulher produz nos primeiros dias de amamentação, é perfeito para o recém-nascido. “As proteínas e as células de defesa protegem a mucosa intestinal do bebê”, afirma.  Outra preocupação dos pediatras é com relação à propaganda dos supostos substitutos do leite materno, que se mantém de modo ininterrupto favorecendo o desmame precoce. “O leite humano é muito mais vantajoso que seus concorrentes”, garante a pediatra.

             Em 2013 foi registrada no Brasil uma prevalência de 36,6% no aleitamento materno exclusivo (AME) e no aleitamento materno (AM) a prevalência foi de 52,1%. “Devemos comemorar sim, o aumento da prevalência de AM a partir de 18 meses, que estava em forma de platô desde o início dos primeiros estudos.  O estímulo da amamentação exclusiva salva nada menos que seis milhões de crianças por ano. A amamentação em até uma hora após o nascimento protege o bebê de infecções e reduz a mortalidade infantil. Campanhas mundiais de aleitamento são feitas periodicamente por todos os benefícios da amamentação”, conclui.

 

Benefícios da amamentação:

Para o bebê – O leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais até o 6º mês de vida. Bebês que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro. A amamentação previne alergias, anemia e infecções respiratórias, como a asma. Bebês amamentados têm risco menor de desenvolver diabetes tipo 2.

Para as mães – A amamentação reduz a depressão pós-parto. O leite materno é acessível. A amamentação ajuda no controle da natalidade (tem uma taxa de proteção de 98% nos primeiros seis meses). Tem um efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário. A amamentação reduz o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.

 

AGOSTO DOURADO – É um mês dedicado à amamentação. E para marcara Semana Mundial de Aleitamento Materno, O Congresso Nacional Brasileiro instituiu, por meio da lei número 13.435, o Mês do Aleitamento Materno: o Agosto Dourado. A partir daí, o oitavo mês do ano passou a ser todo ele dedicado a informar e debater sobre a importância de amamentar os bebês. O dourado faz alusão à definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o leite materno: alimento de ouro para a saúde dos bebês.