SOPERJ ALERTA PARA NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO AOS JOVENS NO DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS

A Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da ONU, decidiu, em 1987 transformar o dia 1º de Dezembro como a data a ser celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Para a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ), é a oportunidade de abordar o tema com os jovens,  considerados a camada da população mais vulnerável à doença.
 

Segundo Tania Petraglia, presidente do Comitê de Infectologia e Grupo de Trabalho de HIV da SOPERJ, o pediatra deve sempre conversar com seus pacientes sobre saúde reprodutiva, métodos contraceptivos, o uso da camisinha e o risco da prática sexual sem proteção. A família deve estar toda envolvida nesse processo, pois a pouca afetividade, o autoritarismo, as situações de violência doméstica e a falta de supervisão dificultam o diálogo, o que pode contribuir para a prática sexual sem segurança.

O diagnóstico da infecção pelo HIV deve ser revelado com cuidado, principalmente quando se tratar de uma criança, mas é fundamental a revelação, pois o diagnóstico precoce ajuda no sucesso do tratamento. “Várias questões precisam ser avaliadas sobre o momento e a forma como deve ser revelada a doença, sendo que o nível de informação dos familiares tem papel relevante”, diz a Dra. Tania.

Contar o diagnóstico não basta, mas deve-se explicar de imediato todas as mudanças que a doença provoca. Ao chegar à adolescência o jovem precisa estar consciente das responsabilidades e dos direitos que tem. “O consenso entre os profissionais de saúde é de que a família ou os responsáveis pelas crianças e pelos adolescentes soropositivos devam falar sobre a infecção o quanto antes”, comenta a presidente do Comitê de Infectologia da SOPERJ.

A AIDS leva a uma deficiência no sistema imunológico, devido à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer. A transmissão se dá pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno;  relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitindo não só a Aids, mas outras doenças sexualmente transmissíveis, como a hepatite B;  compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;  transfusão de sangue contaminado;  instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;  ou  da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação, também são formas de transmissão.