EDITORIAL – Dia Mundial da Saúde e Doação de Sangue

Dia Mundial da Saúde e Doação de Sangue
Em 07 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde com ênfase na Saúde Materno-Infantil, ocasião em que a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro manifesta sua completa solidariedade com todos que lutam por melhorias nas condições da saúde da nossa população. Temos acompanhado também com o mais vivo interesse a situação dos Hospitais de Emergência no Rio de Janeiro, esperando que as medidas tomadas para regularizá-la surtam o efeito desejado e que mais uma vez possamos oferecer à população, em todos os momentos, os cuidados que lhes são de direito.
Resolver a situação das emergências no Rio de Janeiro é, sem dúvida, oferecer saúde. Nesta linha de agir ativamente em busca de melhoras nas condições da saúde dos nossos concidadãos, que é a força propulsora por trás das comemorações mundiais, convocamos todos a um momento de reflexão sobre que medidas individuais também podem ser efetivas e ter resultados imediatos em benefício de outrem. Reflita então, deixe-se envolver pelo desejo de ajudar incondicionalmente. Incentive amigos e parentes para aderirem à campanha de doação de sangue.
Doar sangue não toma muito tempo e não chega a comprometer nenhuma das atividades agendadas para o dia.
Fica clara, imediatamente, a necessidade de estimular de todas as maneiras a participação de todos, pois este ato representa mais que uma forma de solidariedade, é uma expressão de amor ao próximo. Vá ao posto de coleta mais próximo e doe sangue, doe vida. Marilene Crispino Santos – Presidente
Transfusão de Sangue Requer Cuidados
A transfusão de sangue é um procedimento que requer cuidados desde do seu início até o seu final, devido às reações que podem advir desse processo .
A sua indicação deve ser bem avaliada por profissional especializado – o hemoterapeuta. Os conhecimentos adquiridos com os avanços da Medicina Transfusional mostram a importância da transfusão de sangue como tratamento de suporte nas doenças graves como as anemias hereditárias, anemias hemolíticas auto-imunes, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA – AIDS), Doença Hemolítica do Recém-Nascido, nas onco-hematológicas e outras.
No entanto, os riscos de transmissão de doenças por transfusão de sangue permanecem mesmo que tenhamos as sorologias obrigatórias negativas, designadas pela Vigilância do Sangue – ANVISA, para Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites B e C, SIDA-AIDS e Linfoma / Leucemia de células T humanas.
Outras doenças, potencialmente capazes de provocar complicações, podem ser transmitidas por transfusão de sangue como a Citomegalovirose nos prematuros e a doença dos “prions” chamada de Creutfeldtz Jacob. O progresso tecnológico constante permitiu a industrialização de vários produtos sangüíneos, aumentando a qualidade e minimizando o risco de adquirir doenças por transfusão, como o Fator VIII liofilizado, utilizado no tratamento da Hemofilia A, Concentrado de Fator de Von Willebrand, Albumina e outros. Mas para o tratamento de anemias, a transfusão de concentrado de hemácias é o componente indicado quando a perfusão tecidual de oxigênio está baixa.
Em ambas as situações, ainda dependemos da doação de sangue que deve envolver todos os setores da sociedade, participando de campanhas educativas e encaminhando doadores para doar sangue.
Continua na proxima edição.