O Rio de Janeiro sediou, no final do mês de abril, o X Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica, principal evento da especialidade, promovido em paralelo ao XI Congresso Latino-Americano de Fibrose Cística, III Jornada de Fisioterapia Respiratória em Pediatria e à X Jornada Brasileira de Fibrose Cística, todos no Hotel Glória. O Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica acontece há 20 anos, reunindo pneumologistas pediátricos do Brasil e de outros países. O sul-africano Simon Schaaf (tuberculose); o chileno Leonardo Vejar (tuberculose); os argentinos Ana Balanzat (asma) e Fernando Ferrero (pneumonias); o italiano Enrico Lombardi (provas de função pulmonar); e o holandês Harm Tiddens (fibrose cística) foram alguns dos convidados a palestrar. O evento reuniu mais de mil pessoas, incluindo médicos de diversas especialidades e outros profissionais de saúde como fisioterapeutas, enfermeiros e estudantes.
Os temas selecionados foram escolhidos a partir das doenças com maior apelo sanitário.
Clemax Sant’Anna, presidente do Congresso de Pneumologia Pediátrica, reconhece que “a fibrose cística, ainda pouco conhecida, foi a que teve uma ênfase maior. Além dela destacaramse tuberculose, asma e pneumonias, que até hoje possuem o maior índice de mortalidade entre crianças menores de 5 anos. O índice gira em torno de 700 mortes em cada 100.000 crianças moradoras de áreas carentes no país e na América Latina”.
Quanto às prevenções, o pneumologista pediátrico explica que “foram abordadas uma a uma como, por exemplo, a vacinação e a revacinação para tuberculose (BCG) e o teste do pezinho, que detecta precocemente o aparecimento da fibrose cística. Sobre a asma foram discutidos os tratamentos de controle baseado em medicamentos, que nem sempre são de acesso à sociedade”. Já para as pneumonias, não existe prevenção eficaz, embora haja algumas vacinas.
“Quase sempre o papel das ações básicas de saúde é fundamental para a prevenção dessas doenças.
Assim como o combate à desnutrição, vacinação regular das crianças, aleitamento materno, pré-natal correto e cuidados de higiene podem ajudar em muito na redução da gravidade das doenças”, afirma Clemax Sant’Anna.
Segundo Clemax, a cada Congresso existe uma reciclagem de conhecimento. “Além disso, fazemos sempre uma análise crítica de rotinas e normas anteriores, onde certas práticas são deixadas para trás, prosseguindo, assim, a espiral do conhecimento médico”, finaliza.
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