A Central Médica de Convênios está realizando reuniões com os diversos segmentos de operadoras de planos e seguros de saúde para propor a implantação das chamadas “Centrais de Padronização, Arrecadação e Pagamentos”, que visam receber as guias de atendimento, enviá-las a cada um dos planos, receber os pagamentos e repassar a cada um dos médicos e serviços, simplificando e reduzindo custos para os médicos e para os próprios planos.
Durante o mês de fevereiro, a diretoria da Central se reuniu com representantes do Grupo CIEFAS-RJ, da FENASEG, da Amil e da Assim. Reuniões com a ABRAMGE estão agendadas e todos estão recebendo a proposta por escrito, mostrando a situação crítica da remuneração dos médicos nesse setor. Uma cópia da proposta também está sendo enviada para todos os órgãos de defesa do consumidor atuantes no Estado do RJ.
O Coordenador do Conselho de Especialidades da SOMERJ e Vice-Presidente da Central Médica de Convênios, Marcos Sarvat, ressaltou que existem várias vantagens para a operadora que assumir a parceria, apoiando a implantação das Centrais.
– Para garantir a redução da burocracia e dos custos, gerados pelo envio de guias, também está sendo articulada a criação de uma guia única para todas as operadoras e, de preferência, informatizada por cartões magnéticos ou até on line – comentou.
Sarvat ainda frisou que faz parte do projeto Central Médica a formação de unidades semelhantes por regiões, na capital e no interior, que serão responsáveis pelo recebimento e processamento de guias unificadas, a princípio em papel e evoluindo gradualmente para informatização, o que otimizaria o trabalho de médicos, serviços e planos, reduzindo custos.
– Isto simplifica, por exemplo, o controle, pela emissão de extratos por e-mail e/ou correio, para que cada profissional e serviço possam acompanhar seu faturamento. A formação das Centrais requer tecnologia característica das instituições financeiras, de cobrança, crédito e faturamento. Essa iniciativa mostra-se viável e interessante para todos os envolvidos, e permite que o médico, ao invés de entregar guias em diversos pontos, entregue-as todas num único endereço, reduzindo seus custos, ou melhor, aumentando seus honorários – explicou.
De acordo com Marcos Sarvat, a proposta inclui a adoção de valores de remuneração descritos na lista de procedimentos constante do Livro Regional de Saúde 2002, atualizada para 2003. A Central Médica poderá efetuar, em nome dos médicos que a compõe, contrato com cada plano ou seguro de saúde, fornecendo-lhes anualmente o Livro Regional de Saúde; e estabelecerá procedimentos-padrão e formas ágeis de troca de informações, controlando melhor o sistema em todas as suas facetas, desde aferição de exames complementares até a incidência de enfermidades por CID.
– Os benéficos serviços que a Central oferecerá serão remunerados por percentual de administração agregado à fatura do médico ou serviço para o plano, sem onerar os profissionais e reduzindo despesas para os planos. Assim, a Central vai editar anualmente o Livro Regional de Saúde, para ser utilizado por todas as operadoras, e assumirá gradualmente essa tarefa de representação política e econômica de médicos e serviços, e também grande parte de suas despesas operacionais e físicas, obtendo escritórios e contratando pessoal para todas as suas funções e cargos – afirmou.