Autor:Marilene Crispino Santos
No próximo dia 12 comemoraremos o Dia da Criança.
Esta é por um lado uma data festiva, de regozijo, quando destacamos a renovação da vida e da esperança no futuro para todos os povos. Deve, no entanto, ser também, por outro lado, um momento de profunda reflexão, principalmente para os pediatras. Um momento para questionar o que nós profissionais de pediatria temos feito por nossas crianças, nossa própria razão de ser como especialistas.
Esta reflexão implica em considerar muitos fatores, alguns dependentes de nós enquanto profissionais de saúde, tais como treinamento, aperfeiçoamento, intercâmbio, atualização de conhecimento e avanço tecnológico. Estes são mais fáceis de mensurar e aparecem nas estatísticas, nos gráficos, nos seminários, simpósios e congressos.
Outros fatores, igualmente muito importantes, dependem de nós, não mais como profissionais e sim como cidadãos brasileiros que somos. Isto porque nossos papéis como regentes dos destinos das nossas crianças são indissociáveis daqueles que regem o destino do nosso país.
O Brasil atende bem suas crianças? Cuida adequadamente de suas necessidades primordiais? Está pronto para transformá-las em adultos saudáveis, produtivos e felizes?
Enquanto essas respostas não forem “sim” temos muito ainda que trabalhar, que lutar para resolver problemas complexos, estruturais, políticos, sociais e não apenas médicos.
Ao mesmo tempo em que comemoramos com alegria a data que melhor representa o binômio criança-pediatra, a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) reafirma seu empenho em não esmorecer jamais, para alcançar um futuro radiante para todas as crianças cariocas e fluminenses.
Fonte:SOPERJ