O final do mês de maio é marcado pelo alerta contra o fumo, com o Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio. A SOPERJ aproveita a data para chamar a atenção para os famosos dispositivos eletrônicos para fumar, como cigarros eletrônicos, vaper, entre outros, que se tornaram cada vez mais populares entre os adolescentes.
Os cigarros eletrônicos são considerados, atualmente, no Brasil e no mundo, uma epidemia, principalmente entre os jovens. O Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, destacou que esses dispositivos têm feito parte da vida dos estudantes cada vez mais cedo, em torno de 16 e 18 anos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em 2020, apoiou a campanha contra a liberação desses dispositivos eletrônicos no Brasil. A ação foi promovida pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) para evitar a comercialização do produto no país, que é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A SOPERJ também vem chamando a atenção para a questão com debates sobre o assunto em seus eventos e suas redes sociais.
A Desinformação e os Riscos
Para muitos usuários, os efeitos do cigarro eletrônico são menores do que os tradicionais. Essa compreensão pode ter surgido devido à propaganda de que eles foram criados para diminuir nos fumantes a dependência da nicotina.
Disfarçados por uma infinidade de aromas, cores e sabores, esses vaporizadores acabam sendo apresentados à população como inofensivos. Mas, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, esses dispositivos têm altos níveis de toxicidade e são tão prejudiciais à saúde quanto os cigarros tradicionais. Eles podem possuir doses equivalentes ou até maiores de nicotina do que o tradicional.
A SOPERJ reforça que é preciso levar informação e orientação aos jovens e seus familiares, visto que eles têm uma baixa percepção dos riscos à saúde.
O pediatra tem uma grande responsabilidade no controle do tabagismo de crianças e adolescentes e deve atribuir atenção especial a todos os fumantes, esclarecendo sobre a prevenção, os riscos e o tratamento adequado.
A Sociedade salienta ainda que os cigarros eletrônicos podem ser porta de entrada para o cigarro tradicional e até outras drogas. Por isso, é fundamental sensibilizar o jovem sobre os riscos e implementar políticas públicas que coíbam a publicidade e promoção desses cigarros, como o aumento dos impostos sobre o tabaco.