Para muitas crianças esperar a consulta é um desespero.
Mas o tempo passado na sala de espera pode ser mais prazeroso se houver brinquedos, revistas e livros infantis. Segundo Eloísa Grossman, da Diretoria de Publicações da SOPERJ, o pediatra, como educador, deve selecionar o que é oferecido.
“Precisamos evitar literatura em que se trate a questão do preconceito sem o devido cuidado, ou na qual o personagem principal precise de compensações para vencer na vida ou ser aceito em determinado grupo. Dumbo só foi aceito com suas enormes orelhas quando voou”, lembra.
Segundo Eloísa, “temos diversos livros em que diferenças estéticas ou de comportamento são apresentadas como possíveis de serem superadas e compartilhadas, com caminhos naturais para enfrentar as desigualdades”.
A pediatra finaliza: “é evidente qual devemos escolher.
Destruir preconceitos e evitar estereótipos é um longo e acidentado caminho. E ao pediatra compete participar dessa trilha”.
Fonte bibliográfica:
AMARAL, L A. Espelho convexo: o corpo desviante no imaginário coletivo, pela voz da Literatura Infanto-Juvenil. São Paulo, 1992. 106 p. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia da USP,1992.