Panorama da Obesidade Infantil e Ações de Prevenção

A prevalência mundial da obesidade tem sido uma das grandes preocupações de órgãos e entidades médicas. Ela tem aumentado significativamente nas últimas décadas e, cada vez mais, afeta crianças e adolescentes. O mês de março é uma oportunidade para falar sobre o assunto e refletir sobre ações de prevenção, além da melhoria do atendimento e do tratamento da doença.

A obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o excesso de gordura corporal que traz diversos prejuízos à saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos, apneia do sono, isolamento social, baixa autoestima, ansiedade e depressão. Cada vez mais esses problemas de saúde estão presentes nos consultórios pediátricos.

A SOPERJ lembra ainda que a obesidade é considerada uma doença crônica grave, recorrente, progressiva e multifatorial, envolvendo fatores biológicos, ambientais, sociais e culturais.

Panorama da Obesidade Infantil

O Departamento de Endocrinologia Pediátrica da SOPERJ, presidido pela Dra. Renata Szundy Berardo, destaca que a prevalência de crianças com IMC elevado, entre 5 e 19 anos, é muito alarmante. A estimativa é que, em 2035, uma em cada quatro crianças no Brasil terá IMC elevado.

Os dados da OMS mostram que a obesidade entre crianças e adolescentes aumentou dez vezes na última década. Caso ações não sejam tomadas para frear a obesidade infantil, a probabilidade é que ela aumente em 60%, podendo chegar a 254 milhões de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade até 2030.

Ações de Prevenção

A obesidade tornou-se um problema de saúde pública e um dos grandes desafios mundiais. No entanto, prevenir é possível. Algumas ações e atitudes são fundamentais para mudar essa realidade.

📌Mudança nos hábitos alimentares: evitar alimentos ultraprocessados e dar preferência a frutas, verduras e produtos ricos em fibras. A recomendação é “descasque mais e desembale menos”.

📌Redução do sedentarismo: estimular a prática regular de atividade física.

📌Limitação do tempo de tela: reduzir o tempo que crianças e adolescentes passam em frente a telas é fundamental no combate ao sedentarismo e à obesidade.

📌Estímulo à amamentação: o aleitamento materno é importante não apenas para o desenvolvimento do bebê, mas também auxilia na prevenção da obesidade e de doenças crônicas, como o diabetes.

📌Restrição à publicidade: ações que proíbam propagandas e veiculações na mídia de alimentos não nutritivos voltados para crianças e adolescentes.

📌Programas de educação continuada: promover programas de educação sobre prevenção e tratamento da obesidade.

📌Políticas públicas e campanhas de conscientização: implementar políticas públicas de saúde e campanhas de conscientização e prevenção.

A SOPERJ reforça a importância de promover e estimular hábitos de vida saudáveis, além da participação e dos esforços de gestores, médicos, famílias, escolas, comunidades, indústrias alimentícias e mídia no combate à obesidade. Todos têm um papel fundamental nessa luta e na promoção de um futuro saudável para crianças e adolescentes.