A discussão foi iniciada pelo coordenador da mesa, Dr. Julio Dickstein, que reviu os conceitos de preconceito, racismo e discriminação, lembrando que são opiniões concebidas sem exame crítico, assumindo sentimento hostil.
Em seguida a Dra Dafne Horowitz palestrou sobre Crianças e Adolescentes com Deficiências.
Cerca de 2-3% dos bebês têm alguma anomalia ao nascimento. As malformações congênitas são atualmente a segunda causa de mortalidade infantil. O preconceito com a deficiência está relacionado à estranheza em relação ao novo, sendo reforçado por políticas de segregação, pela falta de estrutura adequada (que leva à dependência), pelo não investimento em escolaridade e por tratamento médico inadequado.
Nesse contexto, é papel do médico pediatra o acolhimento, o fornecimento de informações e a estimulação multidisciplinar, para dessa forma estimularmos a inclusão desses pacientes na sociedade, com benefícios para o convívio com os não-deficientes.
Por fim, a Dra Maria Helena Zamora continuou a discussão sobre os preconceitos de cor, raça, gênero ou religião, sendo lembrados: necessidade de multidisciplinaridade na abordagem do preconceito e o combate ao preconceito necessita de um olhar interno. Concluiu que o preconceito prejudica a vítima e a sociedade, que fica impedida de conviver com a diversidade.
A prevenção do preconceito necessita de educação, informação, visibilidade às minorias e políticas públicas que tragam um sistema de garantia de direitos.
Relator: Dr Daniel Gilban