Saúde, Participação, Felicidade, SOPERJ

A SOPERJ aproveita o último número de seu boletim no ano de 2007 para convidar a comunidade de pediatras do Estado do Rio de Janeiro a refletir sobre as possibilidades de promover sua saúde. Como base, toma o conceito de promoção de saúde apresentado na Carta de Ottawa de 1986, na qual essa promoção é entendida como o “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”.
Estamos chegando ao final do ano, e a busca de participação na construção e controle de uma Sociedade de Pediatria cada dia mais forte, que possibilite ir além da melhoria de saúde de crianças e adolescentes, qualificando também a vida de seus associados, tem exigido um trabalho diuturno de toda a diretoria da SOPERJ.
A Diretoria Interinstitucional, que busca entender, atender e integrar os serviços pediátricos em todo o estado, tem possibilitado a aproximação dos serviços e o crescimento coletivo. A coordenação das regionais estimula o trabalho de interiorização das ações da SOPERJ e possibilita que uma agenda única de eventos esteja sendo construída para o ano de 2008. Isto, somado ao trabalho de planejamento conjunto dos presidentes dos comitês científicos, permitirá otimizar a busca dos parceiros necessários.
O trabalho pela qualidade de vida do pediatra passa pela valorização profissional. E essa tem sido objeto de atenção constante, através da atuação junto às demais entidades médicas, de chamadas na mídia para a importância das ações desenvolvidas por esse profissional, do acolhimento aos novos pediatras, da homenagem ao exemplo passado pelos Pais na Pediatria.
Pesquisas sobre determinantes da felicidade podem contribuir para a resolução de alguns paradoxos que a teoria científica tem dificuldades para explicar. Um deles é o fato de o trabalho auxiliar na construção da felicidade, apesar de muitas vezes ser considerado como um fardo. Outro é o bem-estar subjetivo nem sempre ser afetado por condições materiais, como conforto e riqueza, sabendo-se que a influência destes aspectos depende dos valores e expectativas do indivíduo, do grupo a que pertence e da sociedade em que vive.
Estudos mostram que os sujeitos mais felizes tendem a se envolver mais em relacionamentos amorosos, têm vida social mais rica, apresentam ótimos relacionamentos com outros e têm mais amizades. Vivem por mais tempo, apresentam melhores hábitos de saúde, sistema imunológico mais ativo, maior resistência à dor, maior nível de satisfação com o seu trabalho, maior produtividade, mais altos salários.
Isso talvez explique o clima em que vive a SOPERJ.
A felicidade, caracterizando a satisfação em relação à vida como um todo, cobre o passado, o presente e o futuro da SOPERJ, e sua dimensão subjetiva consiste na experiência interna de cada indivíduo e na experiência coletiva da construção do bem-estar social.