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RIO DE JANEIRO – A obesidade na infância vem aumentando cada vez mais. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 35 por cento dos adultos obesos são gordos desde a infância. Além disso, pesquisas feitas comprovam que mais de 25 por cento da população infanto-juvenil do mundo está acima do peso.
Mas o perigo maior ainda é a falta de conscientização dos pais, principalmente nos países subdesenvolvidos. Nestes, as deficiências nutricionais são freqüentes, por isso, a idéia de “abundância” é sinônimo de sadio”. “Só por que a criança é fofa, não significa que ela é saudável. Pelo contrário, há crianças gordas com falta de vitaminas e outros nutrientes. E o excesso de peso e gordura traz conseqüências na adolescência”, alerta Dr. Cláudio Hoineff, presidente do Comitê de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria do Rio (Soperj).
Ele explica que as crianças que levam dinheiro para lanchar no colégio na maioria das vezes se deparam com alimentos nada saudáveis sendo vendidos nas cantinas. Resultado: a hora do lanche passa a ser recheada de alimentos gordurosos, refrigerantes e doces.
A obesidade infantil, se não prevenida, pode vir a causar sérias doenças no adolescente e na vida adulta como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol alto e deformações na coluna vertebral e na estrutura óssea. “Os pais devem prestar mais atenção. A obesidade tem que ser prevenida desde a infância”, diz o médico.
A obesidade pode aparecer por diversos fatores: genéticos, ambientais, psicológicos, endócrinos, nutricionais, etc. Existem estudos mostrando que filhos de pais obesos têm 80 por cento de chance de serem obesos. Além disso, a vida moderna – com computadores, televisão, jogos eletrônicos e violência, que faz com que as crianças fiquem em casa – modificou os hábitos alimentares e contribuiu para a redução das atividades físicas. Isso sem contar o fast-food, um “terror” para os endocrino-pediatras.
Não é difícil encontrar o tratamento na rede pública. Alguns dos hospitais do Rio possuem serviço de Endocrinologia ou Nutrologia, que tratam da obesidade infantil, tais como a Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), Santa Casa, Pedro Ernesto, Hospital dos Servidores e Lagoa.
Fonte:Alerta Médico