19. PERFIL E CO-MORBIDADES EM CRIANÇAS NASCIDAS PEQUENAS PARA A IDADE GESTACIONAL (PIG)

Autor:Jusan RC; Ferreira BS; Cardoso ME; Lagalhard CSX, Santos CV, Beserra ICR e Guimarães MM

Instituição: Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – UFRJ./Rio de Janeiro – RJ
As crianças nascidas pequenas para a idade gestacional (PIG) são crianças que nascem com peso ou comprimento inferiores ao percentil 10 da curva de normalidade. Sendo que quando o desvio é de mais de 2 desvios padrão é referido haver restrição de crescimento infra-uterino. O déficit pode ser conseqüente a problemas intrínsecos da própria criança ou ao ambiente uterino. Estas crianças são denominadas de simétricas ou assimétricas, na dependência de apresentarem proporcionalidade de peso e comprimento ou não, sendo que o mais comum é a da forma assimétrica estar relacionada a problemas de ambiente materno. Objetivos: Avaliar o perfil das crianças PIG e a presença de comorbidades. Metodologia: A partir de uma avaliação aleatória de 353 prontuários, foram encontrados 17 (4,8 %) crianças classificadas como PIG. Foram então analisados os seguintes dados: sexo, tempo gestacional, peso, comprimento e o relato de co-morbidades associadas. Resultados: Dos 17 prontuários, 9 (53 %) eram de crianças do sexo masculino e 8 (47 %) do sexo feminino, 15 (88,2 %) nasceram à termo e 2 (11,8 %) pré-termo, sendo 1 com 31 semanas e outra com 34 semanas. A média de peso ao nascer foi de 2086, 4398,5g e o comprimento de 44, 43,Ocm. Em 10 prontuários não havia relato de co-morbidades associadas. Em 7 (41.1 %) foram relatadas co-morbidades: 2 com síndromes genéticas (Down e Sllver Russel), 2 com microcefalia e outras más-formações congênitas associadas, 1 com criptorquidia e paralisia cerebral, 1 filho de mãe com HIV positivo e outro a mãe apresentava incompatibilidade sanguínea do sistema ABO. Conclusão: Em 58,8 % das crianças não foi detectada uma causa para o retardo de crescimento intra-uterino e naquelas que apresentavam co-morbidades intrínsecas foi observado que maioria nasceu a termo, discordando da literatura.

Fonte:Revista de Pediatria SOPERJ – Ano 4 – nº 1 – Janeiro a Junho de 2003