23. PREVALÊNCIA DE ASMA EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU O ESTUDO ISAAC NO RIO DE JANEIRO

Autor:Kuschnir, F, Aires, S; Barroso M, Braga, D; Nunes, H; Liberal, E; Santos, M, Cunha, A.

I Programa Saúde na Escola do Corpo de Bombeiros RJ; IPPMG-UPRJ
Introdução: O “International Study of Asthma and Allergies in Childhood” (ISAAC) é um importante instrumento para o estudo da prevalência e gravidade da asma e outras doenças alérgicas. Objetivos: Estimar a prevalência da asma e sintomas associados em escolares do Município de Nova Iguaçu RJ. Metodologia: Entre abril e setembro de 2002 foram selecionadas aleatoriamente 3251 crianças de 6 -7 e 3182 adolescentes de 13 -14 anos de 19 escolas particulares e 38 escolas públicas (28 estaduais e 10 municipais) da rede de ensino local. Utilizou-se o questionário ISAAC traduzido e validado para o português como instrumento de pesquisa. O nível adotado para rejeição da hipótese nula foi de 1 %. Resultados: No grupo de 13-14 anos, 50.1 foram do sexo feminino e 69 % eram estudantes da rede pública. As respostas afirmativas para as questões sobre “sibilos alguma vez na vida” foram de 26 % em todo grupo (sexo F 58.8% x M 41.2% (p=0,000)); sobre a questão “sibilos nos últimos 12 meses” foi de 11.5 % (F 60 % x M 40 % (p=0,000)); sobre a questão: “Asma alguma vez na vida?” 7.3 % (F 53 % x M 47 %) (p=0,39)) e para “Você já teve bronquite?” de 30.7 % (F 48.6 % x M 51.4 % (p=0,59)). No grupo de 6-7 anos, 51.2 % foram do sexo feminino e 67.7 % eram estudantes da rede pública. As respostas afirmativas para as questões sobre “sibilos alguma vez na vida” foram de 49.7 % no total (sexo F 48.2 % x M 51.4% (p=0,002)); sobre à questão “sibilos nos últimos 12 meses” foi de 26.2 % (F 47.2 % x M 52.8 % (p=0,000)); sobre a questão “Asma alguma vez na vida?” 10.3 % (F 45 % x M 55 % (p=0,000)). Conclusão: A prevalência de asma e sintomas associados alguma vez na vida e limitada aos últimos 12 meses (“asma atual”) foi elevada nas duas faixas etárias estudadas, e sua distribuição diferiu estatisticamente em relação ao sexo.

Fonte:Revista de Pediatria SOPERJ – Ano 4 – nº 1 – Janeiro a Junho de 2003