26. SINAIS OBJETIVOS DE OLHO SECO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO JUVENIL

Autor:Vasques L, Sztajnbok F, Neves Y, Araújo MC, Destri U, Rodrigues M, Fonseca A, Campos L, Scofano B, Oliveira SKF.

Instituições: Serviços de Oftalmologia e Reumatologia do Núcleo de Estudos da Saúde do
Adolescente (NFSA) da UFRJ; Setor de Reumatologia do IPPMG-UFRJ
Introdução: Sinais objetivos de olho seco sugerindo um possível surgimento de Síndrome de Sjögren secundária em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) são raramente relatados em literatura. Objetivo: descrever a freqüência de achados sugestivos de olho seco em pacientes com LESJ. Metodologia: trata-se de estudo transversal onde todos os pacientes com diagnóstico de LESJ atendidos no IPPMG-UFRJ e NESA-UFRJ no ano de 2001 que assinaram o temo de consentimento foram submetidos a avaliação oftalmológica. Vários exames forma realizados, mas apenas o teste de rosa bengala, o teste de Shirmer e o tempo de ruptura lacrimal foram considerados para diagnóstico de olho seco. Caso um destes exames se apresentasse alterado, o paciente era considerado como portador de olho seco. Resultados: 50 de 70 pacientes foram submetidos a avaliação oftalmológica. Todos eles eram assintomáticos em relação ao envolvimento ocular. 80 % dos pacientes eram do sexo feminino. A idade média de início da doença foi de 10,6 ± 3,6 anos (2-17). Em 23 casos (46%) pelo menos um dos exames oftalmológicos mostrou-se alterado. A duração da doença nestes pacientes variou de 111 anos (média 4,8 ± 3,2) e no grupo com exame oftalmológico normal de 1-12 anos (4,6 ± 3,2 ), sem significado estatístico quando comparados. Conclusão: apesar de assintomático, o acometimento ocular no LESJ, sugerindo evolução para Síndrome de Sjögen, pode ser mais freqüente que o esperado. É importante que este diagnóstico seja precoce para que se inicie tratamento adequado, prevenindo-se dano ocular importante. O tempo de duração da doença não influenciou nos achados oculares.

Fonte:Revista de Pediatria SOPERJ – Ano 4 – nº 1 – Janeiro a Junho de 2003