Na noite do dia 10 de março, o Cristo Redentor se vestiu de verde para alertar sobre os riscos do uso dos cigarros eletrônicos. A ação no monumento foi uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), em parceria com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, e faz parte da Campanha Contra o Cigarro Eletrônico 2024, da SBPT.
O evento teve a participação da Dra. Margareth Dalcolmo (presidente da SBPT), do Padre Omar (reitor do Santuário), do Dr. Claudio Hoineff (presidente da SOPERJ), da Dra. Evelyn Eisenstein (membro da Academia de Medicina do Rio de Janeiro) e de representantes de diversas instituições e organizações.
A mobilização foi para conscientizar a população sobre o tema e em oposição à Lei 5008/2023, que tem como proposta a liberação do comércio dos cigarros eletrônicos no país. Lembrando que, no Brasil, a comercialização desses cigarros é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A SBP e a SOPERJ vêm fomentando o debate sobre o assunto há algum tempo, já que esses cigarros estão cada vez mais populares entre os adolescentes. Para as Sociedades, é essencial levar informações e orientações a esses jovens e seus familiares sobre os malefícios à saúde pelo uso desses dispositivos e pensar em políticas públicas que coíbam a publicidade e promoção desses cigarros.
“A SOPERJ apoia totalmente essa iniciativa quanto aos cigarros eletrônicos, que trazem um grande prejuízo para a saúde de crianças e adolescentes. Essa é uma ação de suma importância visando a prevenção de diversos problemas de saúde e o tabagismo é um deles, já que o uso dos cigarros eletrônicos é igual ou até mais maléfico para a criança e adolescente do que o cigarro tradicional”, destacou o presidente da SOPERJ.
Últimos Debates e Ações Contra o Tabagismo
Além das campanhas contra os cigarros tradicionais e eletrônicos, diversos encontros têm acontecido entre os países visando estratégias para reduzir e controlar o avanço do tabaco no mundo.
O mais recente foi em fevereiro, no Panamá, na Conferência das Partes (COP10), quando delegações de diversos países, incluindo o Brasil, discutiram políticas e a implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco. O Brasil, inclusive, apresentou uma proposta sobre uma análise mais profunda sobre os impactos ambientais do tabaco.