A tragédia recente no Rio Grande do Sul chama a atenção e reflexão da sociedade para o impacto da crise climática na saúde, principalmente de crianças e adolescentes. Para fomentar esse debate, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), através do Departamento Científico de Toxicologia e Saúde Ambiental, elaborou uma carta aos pediatras intitulada: “O planeta está aquecendo”.
No documento, a SBP aborda a relação mudanças climáticas e catástrofes ambientais, de que forma essa mudança impacta na saúde dos pequenos e o papel do pediatra nesta questão.
A SBP reforçou que diversas reuniões internacionais, como as COPs (Conferências da Organização das Nações Unidas – ONU), têm acontecido para discutir o aumento do calor extremo no mundo, que culminam em incêndios florestais e períodos de secas intercalados com chuvas e inundações.
O Departamento Científico esclarece que as crianças são as mais afetadas por essas mudanças climáticas e esses eventos extremos, principalmente aquelas que vivem em condições vulneráveis e situação precária. Elas estão mais suscetíveis e expostas a agentes químicos e infecciosos que surgem das fumaças dos incêndios e nas águas contaminadas.
Por fim, o pediatra é destacado como um elemento ainda mais importante na proteção da saúde dessas crianças em situações de emergências como essas. Segundo a SBP, o pediatra tem “o dever ético de dedicar uma parte do seu tempo para, junto com outros cidadãos e entidades da sociedade, demandar estas e outras melhorias, com sua autoridade de profissional especializado no atendimento daqueles que mais sofrem com as consequências nefastas das mudanças climáticas.”
O documento pode ser acessado no link.