Atendimento de adolescentes por pediatras

Autor:Therezinha de Jesus Cruz – Presidente do Comitê de Adolescência

Há vários anos, a SBP vem desenvolvendo uma campanha para que a adolescência seja um compromisso do pediatra, recomendando que a atenção pediátrica se faça desde o último trimestre da gravidez até os 19 anos de idade (Informativo SBP- dezembro-janeiro 98/98).
Em abril de 2002(resolução 1634/2002), por meio de convênio firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), foi instituída a Comissão mista de Especialidades, responsável pelo reconhecimento das Especialidades Médicas e as Áreas de Atuação da Medicina, assim como pela forma da concessão de registros de títulos de especialista. Essa resolução, com nova redação publicada pelo CFM como resolução 1666/2003, trouxe o reconhecimento da medicina do adolescente como área de atuação do pediatra.
Conforme recomendação do Ministério da Saúde, de 21/12/1989, portaria 980, devem ser considerados, no Brasil, os limites etários recomendados pela OMS, que compreendem a faixa etária de 10 a 20 anos incompletos.
O Comitê de Adolescência da SOPERJ recomenda que os colegas entrem em contato com as gerências da SMS/RJ para receberem treinamento no atendimento ao adolescente. O Comitê de coloca, também, à disposição para sensibilização e organização de núcleos de estudos sobre adolescência para a capacitação dos pediatras.
Devido às dificuldades quanto à sensibilização e capacitação dos profissionais, adequação de leitos e espaços físicos apropriados ao atendimento de adolescentes, adequação entre o número de pediatras e o aumento na demanda devido à maior abrangência da faixa etária que será atendida pelos profissionais, recomendamos que essa orientação do CFM ocorra de forma progressiva, com aumento gradativo dos limites da faixa etária a ser atendida pelos pediatras.
Estamos também à disposição para esclarecer futuras dúvidas e agirmos como mediadores junto às suas chefias para que o atendimento aos nossos jovens ocorra de forma mais humanizada, trazendo tanto satisfação pessoal aos profissionais quanto aos pacientes atendidos.

Fonte:SOPERJ