Autor:Fátima Leite
O cartão da criança cardiopata foi lançado pelo Comitê de Cardiologia Pediátrica da SOPERJ em 2003. Atualmente já está sendo utilizado por todos os hospitais da rede pública que possuem serviço de cardiologia pediátrica.
Ele é composto por quatro páginas distribuídas da seguinte forma: na capa a identificação do paciente e do serviço onde é acompanhado; na segunda página constam a informações sobre a cardiopatia, medicações em uso, planejamento terapêutico para o paciente e se há algum tipo de restrição a medicamentos ou vacinas para estes pacientes. Nas duas últimas páginas descreve-se se há necessidade de profilaxia para endocardite infecciosa e os esquemas atualmente utilizados pelos cardiopediatras para a profilaxia, baseado no último guidelines de endocardite (Dajani et al. Prevention of Bacterial Endocarditis. Circulation 1997; 96:358-66).
O objetivo do cartão é assegurar que, quando atendida fora do seu hospital de referência, a criança e seu responsável poderão fornecer ao pediatra informações sobre a cardiopatia. Mesmo as mães mais orientadas, não conseguem dar ao pediatra, com precisão, determinadas informações sobre o prognóstico da doença, tratamento em curso e o programado e ainda a possibilidade de complicações. Em todas as ocasiões, mas especialmente nas emergenciais, o cartão é uma fonte de orientação confiável fornecida ao pediatra pelo próprio especialista que acompanha o paciente.
Sempre que for atender uma criança cardiopata acompanhada na rede pública do Rio de Janeiro, solicite à mão o cartão da criança ou pergunte à mãe se ela dispõe deste cartão.
Acreditamos que estas informações serão de grande valia para os pediatras que atenderem estes pacientes em situações de emergência ou fora dos centros de cardiologia pediátrica. Além disso, a identificação do hospital de referência para o tratamento da cardiopatia pode auxiliar no contato entre o pediatra e o especialista, quando isto for necessário.
Fonte:SOPERJ