Um item que causa muita polêmica entre os pais e os pediatras é a chupeta. Para os pais, é considerada uma aliada quando o bebê está com cólicas, chorando ou com dificuldades para dormir. Já para os especialistas, é uma vilã da amamentação e pode trazer outros problemas de saúde para a criança e na dentição, e alterações no desenvolvimento da linguagem oral.
Com o objetivo de orientar, tanto os familiares quanto os pediatras, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) produziu, em 2017, um manual que apresenta as vantagens e desvantagens do uso do acessório.
Intitulado “Uso de chupetas em crianças amamentadas – prós e contras”, o documento foi elaborado pelo Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP, que contou com a participação da atual presidente do Departamento de Amamentação da SOPERJ, Dra. Carmem Lúcia Elias. Na ocasião, a pediatra fazia parte do Conselho Científico do Departamento.
Principais pontos do documento
O material destaca que há evidências científicas de que o uso da chupeta, em crianças até um ano, é um forte fator de desmame precoce, quando comparado com os bebês que não fazem uso do acessório. No entanto, as recomendações podem variar de acordo com o país.
Para a Organização Mundial da Saúde, crianças que estão no processo de amamentação não devem fazer uso de chupeta. Inclusive essa é uma das recomendações da OMS em seu documento “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”. Entretanto, ainda falta um consenso internacional quanto à utilização do item durante a amamentação.
Outro tópico destacado no guia foi a abordagem aos pais sobre o assunto. No documento é ressaltada a importância do pediatra nesta questão. Ele tem o papel de orientar sobre os prós e contras do uso da chupeta, apresentar informações atuais e baseadas em evidências e estimular a reflexão sobre o tema.
O material completo sobre o assunto pode ser conferido no link.
