Cigarro: ruim para a grávida, pior para o bebê

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Pais fumantes, crianças sujeitas a todo tipo de doenças respiratórias, entre outras. Uma realidade cada vez mais freqüente e, o pior, previsível. Os dados assustam: o brasileiro está começando a fumar cada vez mais cedo, aos 12, 13 anos, comprometendo a sua saúde e a dos futuros filhos, sérios candidatos ao título, nada nobre, de fumantes passivos.
A situação preocupa a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) que aproveita o Dia Mundial de Combate ao Fumo, 31 de maio, para fazer um novo alerta à população sobre os malefícios do cigarro. Em todas as idades.
Grupo de risco
Segundo Sidnei Ferreira, presidente da Soperj, “não somente os filhos, mas todas as crianças que convivem com adultos fumantes estão mais sujeitas a infecções pulmonares, crises de asma, tosse crônica, otite média, problemas respiratórios e alterações em sua função pulmonar.”
Os riscos podem ser medidos em números: para cada dez a 20 cigarros que os pais fumam perto dos filhos é como se as próprias crianças estivessem fumando um cigarro inteiro também. “Não está provado ainda que ela ficará dependente da nicotina, mas as chances de tornar-se fumante são bem grandes. Além de conviver com a fumaça, já tem o exemplo dentro de casa.”
Proibido para grávidas
Fumar durante a gestação aumenta a possibilidade de aborto, parto prematuro e, ainda, do bebê vir a desenvolver uma série de doenças respiratórias. “O fumante passivo é uma grande vítima, porque, apesar de não fumar, está exposto às mesmas conseqüências dos dependentes de cigarro”, observa o médico.
Um vício que mata
Nicotina, alcatrão, amônia, monóxido de carbono, níquel, chumbo, arsênico – existem quase cinco mil substâncias tóxicas na fumaça do cigarro, sendo que, pelo menos 60 delas são, comprovadamente, cancerígenas. “O fumo causa dependência física e muito mais mortes prematuras do que outras drogas como a cocaína, heroína, o álcool. Mais ainda que a Aids, incêndios, desastres automobilísticos, homicídios e suicídios, tudo somado”, explica o Dr. Sidnei.
Em relação aos não-fumantes, os tabagistas apresentam o dobro de probabilidades de contrair câncer de pulmão, bronquite crônica, enfisema pulmonar e enfartes agudos do miocárdio. “É muito importante que os adultos se conscientizem de que não devem fumar, para evitar as doenças causadas pelo cigarro, o risco de morte precoce e para não influenciar seus filhos nesse péssimo hábito”, o médico conclui.
Atenção!
No Brasil, o consumo de tabaco lidera, junto com o álcool, o ranking das drogas lícitas mais consumidas. Estudos do Centro Brasileiro de Informações Sobre Substâncias Psicotrópicas, da Escola Paulista de Medicina (Cebrid) apontam que 50% dos homens e 33% das mulheres já experimentaram o cigarro.

Fonte:Site Top baby