Conscientização da Cardiopatia Congênita

Junho é o mês de chamar a atenção para o coração dos pequenos, com o Dia Mundial de Conscientização da Cardiopatia Congênita. Todos os anos, a SOPERJ, através do Departamento Científico de Cardiopediatria, presidido pela Dra. Flávia Gurgel, e as principais instituições ligadas à saúde infantil dedicam o 12 de junho aos esclarecimentos sobre o tema.

A data, que tem como slogan “Namore essa ideia”, por ser exatamente no dia dos namorados, visa levar à população informações sobre a condição, que afeta milhares de crianças, e seus sintomas.

O objetivo também é sensibilizar os governantes para ações que visam melhorar o diagnóstico, o atendimento e tratamento dessas crianças, além de incentivar novas pesquisas sobre o assunto.

O que são as cardiopatias congênitas?

As cardiopatias congênitas são anormalidades na estrutura do coração da criança, podendo ser detectadas ainda durante a gestação. São grupos de doenças que afetam de várias formas a função do sistema cardiovascular e podem se apresentar de forma leve ou mais grave.

Por ser uma condição que pode ser descoberta ainda na gestação, os médicos destacam a importância do acompanhamento pré-natal e a realização do ecocardiograma fetal, no caso de suspeita de alguma alteração. O exame é um ultrassom específico para avaliar a formação do coração do bebê.

Caso a cardiopatia não seja detectada antes do nascimento, os pediatras ressaltam que é preciso ficar atento a alguns sinais como cansaço ou dificuldades para respirar, infecções respiratórias recorrentes e interrupções nas mamadas para pegar fôlego.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nas últimas décadas houve um avanço no atendimento e acompanhamento das crianças com cardiopatia congênita, principalmente com a implementação do teste do coraçãozinho, fundamental para a triagem de cardiopatias críticas, e o surgimento de novas tecnologias.

A SOPERJ reforça a importância da melhora no atendimento e tratamento das cardiopatias e destaca que é fundamental garantir que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado cheguem também para as famílias mais vulneráveis. Houve avanços mas ainda é necessário mais ações para que cada vez mais crianças possam ter assistência, um bom acompanhamento e desenvolvimento.