DHA e o desenvolvimento da criança

Autor:Walter Taam Filho – Presidente do Comitê de Nutrologia da SOPERJ

O DHA, Ácido Docosahexaenóico, tem papel importante para o funcionamento cerebral, especialmente nas áreas que requerem estímulos elétricos com melhor condutividade, como é o caso da retina. Sabemos que a passagem do DHA da mãe para o bebê se dá no último trimestre da gestação, daí a melhor acuidade visual e cognitiva dos nascidos a termo quando comparados aos prematuros. O cérebro continua seu desenvolvimento após o nascimento e o DHA continua sendo a gordura nobre para o tecido cerebral, sendo recomendado que as mães em amamentação façam uso em sua alimentação de fontes precursoras deste ácido, tais como os peixes de água fria (salmão, atum, arenque e sardinha). Outra boa fonte é a ingestão de linhaça.
É fundamental que a criança receba o DHA já pronto, prefencialmente através do leite materno, pois até o primeiro ano de vida ela não possui equipamento enzimático adequado para fazer a transformação a partir de fontes precursoras ricas em ácido linolênico.
Embora haja poucos dados na literatura comparando a ingestão materna e os resultados nos bebês, existem evidências científicas claras do papel do DHA e na nossa opinião o uso tende a trazer benefícios.