O por quê do nome Comitê de Atenção Integral ao Desenvolvimento e Reabilitação e não Comitê de

Temos a satisfação de comunicar a aprovação, pela Diretoria da SOPERJ, da mudança do nome do Comitê de “Follow-up” de Recém-nascido de Risco para Comitê de Atenção Integral ao Desenvolvimento e Reabilitação.
Este comitê foi criado em 1988 com o objetivo de traçar diretrizes para o acompanhamento clínico de recém-nascidos de risco e detecção precoce de alterações do seu desenvolvimento neuropsicomotor.
Ao longo destes 15 anos de existência, tem desempenhado um importante papel de alerta aos pediatras em geral, através de publicações de manuais, organização de jornadas e inúmeras participações de seus membros em vários tipos de eventos para divulgação.
No cumprimento de suas funções, este comitê também evoluiu. Ampliou sua visão sobre as questões concernentes ao desenvolvimento neuropsicomotor, não somente de prematuros e outros recém-nascidos de risco, mas também de crianças de diversas faixas etárias que têm seu desenvolvimento afetado por variados acometimentos.
O papel do pediatra não se resume apenas à detecção precoce dos desvios do desenvolvimento.
Inclui também as primeiras orientações de intervenção profilática, conhecimento de terapia adequada para encaminhamento correto, além do gerenciamento da atenção integral à saúde da criança. Consciente disto, o comitê passou a discutir métodos de tratamento das deficiências motora, visual, auditiva, de linguagem, mental e cognitiva, com visão global da criança e de sua família. Incluiu nessas discussões o conceito da reabilitação realizada segundo um modelo de trabalho em equipe interdisciplinar, composta de médico (fisiatra, pediatra, neuropediatra ou outro), fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo.
Independente da etiologia, seja a prematuridade com suas intercorrências, doença genética, infecciosa, ortopédica, respiratória, neurológica ou outra, o desenvolvimento neuropsicomotor da criança pode ser alterado, em maior ou menor grau, de forma temporária ou permanente.
Esta constatação torna evidente quão amplo deve ser o campo de atuação deste comitê.
Ficou um pouco longo este nome, na intenção de enfatizar as inúmeras questões envolvidas com e para o desenvolvimento pleno da criança, incluindo evidentemente a clínica; acreditamos que desta forma ele revela melhor toda a extensão dos objetivos do comitê.
Estamos também convictos de que a reabilitação infantil é um papel que deve ser assumido pelos serviços de saúde, e não predominantemente pelas entidades filantrópicas e outras como tem sido até há pouco tempo, sendo uma das suas grandes atribuições o preparo dos pré-requisitos para a escola.
Alice Y. S. Hassano
Presidente do Comitê de Atenção Integral ao Desenvolvimento e Reabilitação