Orientações: Tempo de Tela

O Departamento Científico de Saúde Escolar e o Grupo de Trabalho de Mídias Sociais em Pediatria da SOPERJ divulgou orientações sobre o tempo de tela indicado para crianças e adolescentes, principalmente neste período de ensino remoto. Veja as principais recomendações.

Orientações sobre o tempo de tela indicado para crianças e adolescentes

Estamos vivenciando um estado de exceção temporário, porém ainda sem data para término. A extensão geográfica do país, o comportamento geral da população e as características de atuação do vírus Sars-Cov2 são elementos que ampliam as dificuldades no enfrentamento da atual pandemia.

A Educação tem sofrido grande impacto pelo afastamento prolongado do aluno da escola. Temos recomendações recentes sobre o uso de telas na infância e adolescência no sentido de limitar o seu uso nessa população (documento #mais vida, menos telas #da SBP). Entretanto, a necessidade de conteúdo educacional se sobrepõe às sugestões.

Em diversas publicações pediátricas foram observadas adaptações relacionadas ao prolongamento da pandemia, como permitir que crianças de 18-24 meses possam participar de videoconferências por Skype, FaceTime ou outra plataforma com parentes distantes e, com isso, criar e fortalecer relações sempre na presença de um responsável (AAP).

Há de se estabelecer novas regras impostas pelas atuais circunstâncias. É praticamente impossível determinar um tempo específico de uso de telas em horas enquanto durar o ensino remoto/híbrido.

O uso seria tolerável desde que após 50 minutos se fizessem intervalos de pelo menos 10 minutos e daí serem cumpridas as cargas horárias necessárias, respeitando-se o intervalo de recreio de 45 minutos para ambos os turnos da manhã e da tarde.

Postura adequada em frente a tela é fundamental para evitar sequelas ortopédicas especialmente na coluna cervical. A distância da tela deve ser respeitada também, visando a proteção ocular.

A supervisão dos pais é imprescindível durante o processo, para evitar que as crianças e adolescentes possam “entrar” em sites maliciosos, ou mesmo em outras plataformas, fazendo com que não aprendam o conteúdo pedagógico.

Os responsáveis são fundamentais nas orientações relativas à postura, visão, alimentação e atividade física para que não se crie uma “nova geração” de dependentes cibernéticos desconectados do mundo real.

Departamento Científico de Saúde Escolar – SOPERJ
Grupo de Trabalho de Mídias Sociais em Pediatria – SOPERJ