Criança com alergia a ovo precisa de avaliação detalhada
A Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe termina no próximo dia 9, e a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) faz alerta aos responsáveis para que não deixem de vacinar seus filhos antes do período de maior circulação dos vírus da gripe, ou seja, o inverno. Quem destaca a importância da vacinação é a Dra. Tânia Petraglia, presidente do Comitê de Infectologia da SOPERJ.
“Até o ano passado apenas as crianças menores de 2 anos estavam contempladas com a vacinação por haver uma mobi-mortalidade maior, mas já havia uma solicitação da classe pediátrica para a extensão de faixa etária pela morbidade para menores de 5 anos”, destaca a Dra. Tânia. “Nos Estados Unidos, a indicação para vacinação por faixa etária, também foi aumentando progressivamente, porque, assim como no Brasil, não é fácil para um país populoso dispor de milhões de doses de forma abrupta”, esclarece.
Segundo a presidente do Comitê de Infectologia, é importante vacinar a criança antes da chegada do inverno. “A estratégia do governo, nessa campanha nacional, tem por objetivo evitar maiores problemas para as crianças com a chegada do inverno e, por isso, está sendo feita uma campanha, e não apenas a vacinação como rotina de calendário o ano todo”, comenta. “Até porque a validade da vacina desta estação, em geral, vai até janeiro, ficando um hiato de tempo sem vacina disponível, pois a cada ano o tipo de vacina é reavaliado, podendo ser trocado, de acordo com os tipos de vírus que circulam”, explica a Dra. Tânia.
A pediatra ressalta que todas as crianças podem ser vacinadas, apesar de o Governo ter adotado a faixa etária de menores de 5 anos. “Isso não impede a vacinação em clínica privada para outras idades”, assegura. Ela lembra que, após a campanha, “a vacina fica disponível nos Centros para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para crianças e adultos portadores de doenças crônicas e com risco aumentado para influenza, até o término da validade do produto. Ou seja, quem é portador de doença crônica, caso tenha perdido a campanha, poderá ser vacinado”, lembra.
Tânia Petraglia garante que os eventos adversos graves são raros, como anafilaxia (reação alérgica grave). Ela diz que os eventos adversos no local da aplicação são os mais comuns e que a vacina é inativada, ou seja, não causa sinais e sintomas de gripe. E, por fim, faz uma ressalva. “Os casos de alergia a ovo devem ser avaliados individualmente e a vacinação, realizada com precauções”, finaliza a presidente do Comitê de Infectologia da SOPERJ.