RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS

Abelardo Bastos Pinto Júnior – Departamento Científico de Saúde Escolar

Isabella Ballalai – Grupo de Trabalho de Imunizações

Tania Petraglia – Departamento Científico de Infectologia                                                                                                           

Rio de Janeiro, 02/12/2020

Premissas

As crianças são tão propensas a se infectarem quanto os adultos, mas apresentam menos sintomas ou risco de desenvolver doença grave. Até o momento, as evidências indicam que as crianças desempenham um papel menor na disseminação do novo coronavírus. É mais comum que a transmissão ocorra entre adultos e de familiares adultos para crianças, porém a disseminação da COVID-19 entre crianças ou de crianças para adultos pode ocorrer.

febre aferida ou referida como sensação febril ou calafrios, associada a:

dor de garganta,

dor de cabeça,

tosse,

coriza,

congestão nasal

perda de olfato (anosmia),

alteração do paladar (ageusia),

Distúrbios gastrointestinais (náuseas/vômitos/diarreia),

astenia, dores pelo corpo, mal-estar

dispneia,

desidratação

inapetênía.

Contactante próximo:  pessoa que esteve a menos de um metro de distância, por um período maior que 15 minutos, sem proteção de barreira (máscara) com um caso confirmado ou suspeito de COVID-19, durante o seu período de transmissibilidade, ou seja, entre 02 dias antes e 10 dias após a data de início dos sinais e/ou sintomas do caso confirmado. Na escola, nas turmas de alunos menores de dois anos, onde o uso de máscaras se restringe aos adultos e o distanciamento social muitas vezes não é possível, entende-se haver contato próximo.

Período de incubação: 14 dias

Diagnóstico clínico – baseado nos sintomas. Na ausência de outro diagnóstico específico e confirmado (painel viral positivo para outro vírus respiratório), amidalite bacteriana clássica, infecção do trato urinário, entre outras), diante de dois ou mais sintomas relacionados, principalmente se presente a anosmia e ageusia, sintomas gastrointestinais, o diagnóstico da Covid-19 deve ser fortemente considerado, mesmo na vigência de RT-PCR negativo.  Atenção: leucocitúria asséptica (bacterioscopia e urocultura negativas) pode estar presente na Covid-19.

Diagnóstico clínico-epidemiológico – quadro de dois ou mais sintomas acima relacionados associado a histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado para Covid-19 nos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas.

Diagnóstico clínico-imagem – quadro de dois ou mais sintomas acima relacionados associado a alterações em exames de imagem (radiografias e/ou tomografias do pulmão).

Diagnóstico Laboratorial –

Teste de biologia molecular, (RT-PCR) realizado em sintomáticos entre o 3º. e 7º. dias de início dos sintomas, se positivo, confirma a Covid-19; se negativo (uma única amostra) não descarta o diagnóstico da doença e uma segunda amostra pode ser solicitada (com pelo menos 24 horas de intervalo). Em assintomáticos, um RT-PCR negativo não descarta a infecção pelo SARS-CoV2. Pessoas assintomáticas com RT-PCR positivo devem entrar em quarentena.

Teste Imunológico, para detecção da presença de anticorpos em amostras coletadas a partir do oitavo dia de início dos sintomas, preferencialmente 10 dias após o início dos sintomas. Pessoas assintomáticas com teste positivo IgG e/ou IgM positivo não precisam ser afastadas.

e, mesmo diante de um quadro leve de SG ou sugestivo de outras infecções (respiratórias, gastrointestinais, urinárias) é preciso considerar a possibilidade da doença, orientar o afastamento imediato do paciente de atividades presenciais na escola, buscar informações sobre possível contato próximo com caso suspeito ou confirmado e, se possível, solicitar RT-PCR para SARS-CoV-2 (entre o 3º e 7º dias de sintomas).

O retorno de sintomáticos não deve ser permitido em hipótese nenhuma, mesmo que RT-PCR negativo.

SÍNDROME GRIPAL: 2 OU + SINTOMAS COM OU SEM VÍNCULO EPIDEMIOLÓGICO (CONTACTANTE PRÓXIMO SUSPEITO OU CONFIRMADO).

Investigação

Sem RT-PCR OU RT-PCR negativo OU RT-PCR positivo

Mantém afastamento mínimo das atividades presenciais

Casos leves/ moderados – 10 dias

Casos graves – 20 dias

Retorno às atividades presenciais, após quarentena mínima e SE assintomático* há pelo menos 24 horas sem uso de medicação sintomática

*pessoas que mantêm anosmia e/ou ageusia, afastamento mínimo e sem outros sintomas há pelo menos 24h: podem retornar.

COM VÍNCULO EPIDEMIOLÓGICO (CONTACTANTE PRÓXIMO SUSPEITO OU CONFIRMADO).