Setembro Amarelo

 Mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio

 

O crescente número de casos de suicídio registrados entre crianças e adolescentes nos permite concluir que  devemos ampliar nossas ações de prevenção e cuidados. Neste  Setembro Amarelo, a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, SOPERJ, participa dos esforços para advertir médicos e a sociedade civil em geral de que precisamos vencer esse desafio e acender um sinal de alerta. Uma pesquisa publicada no periódico científico "Pediatrics" revelou que o número de crianças e adolescentes hospitalizados por tentar suicídio, ou pensar nisso, dobrou em menos de uma década. O maior aumento nesse índice foi registrado na faixa etária entre 12 e 17 anos.

Dados comprovam que os jovens sentem-se mais sozinhos do que as pessoas mais velhas e os resultados mostram que a solidão é tão mortal quanto fumar 15 cigarros por dia, e pode ser mais perigosa do que a obesidade. Estes fatos nos permitem refletir sobre a importância de se tratar cada vez mais o suicídio como  um problema de saúde pública, relacionado ao problemas de saúde mental.

Mais de 10 mil suicídios são registrados anualmente no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que mais de 800 mil pessoas morram por ano dessa causa em todo o mundo. A cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. Por isso, o tema suicídio deve fazer parte do conhecimento da pediatria, que vem se confrontando  de forma cada vez mais frequente  com essa realidad, seja nos ambulatórios, seja nos consultórios.

Que este mês, o chamado Setembro Amarelo, seja um período para ampliar a reflexão e o debate sobre esse assunto, muitas vezes carregado de preconceitos e tabus. Fatos que acabam por impedir uma boa prática, condizente com nossa realidade epidemiológica, e com os cuidados necessários para  ajudar a prevenir o suicídio.