Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro alerta sobre atos de violência física e psicológica cometidos contra crianças e adolescentes
É com profundo pesar que a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) recebe a notícia de que a morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, pode ter, de fato, acontecido em função dos maus tratos ocorridos em seu ambiente familiar. A SOPERJ lamenta que crianças e adolescentes continuem sendo vítimas de casos hediondos como o que envolve a morte do menino Henry, ocorrida no dia 8 de março, no Rio de Janeiro.
Como uma instituição que tem a missão de acompanhar de perto a saúde, o desenvolvimento e o bem-estar de crianças e adolescentes, a SOPERJ ressalta que a violência física e psicológica está entre os maiores fatores de internações hospitalares e mortes em crianças e adolescentes. É fundamental que nossos pediatras estejam atentos a qualquer sinal de violência contra seus pacientes realizando uma escuta empática e minuciosa durante suas consultas.
A SOPERJ lembra ainda que casos de violência física ou psicológica contra crianças e adolescentes podem ser denunciadas através do “Disque 100”, um serviço de atendimento telefônico gratuito que recebe denúncias de violações dos Direitos Humanos em todo país. De acordo com dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, somente entre os meses de março a junho de 2020 foram registradas 26.416 denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Na manhã desta quinta-feira, dia 8, a mãe do menino Henry, Monique Medeiros da Costa e Silva, e seu padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, Dr. Jairinho, foram presos por indícios de homicídio duplamente qualificado. Segundo a polícia, existem evidências de que o menino de apenas 4 anos vinha sofrendo tortura por parte de seu padrasto, e que a mãe do menino havia sido alertada sobre os maus tratos ao filho. A hipótese de acidente é descartada pela polícia.
Dra. Katia Telles Nogueira
Presidente da SOPERJ
Triênio 2019-2021