SOPERJ realiza I Workshop de Aleitamento Materno

Além do conteúdo teórico, evento contou também com atividade prática

 

O Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, SOPERJ, promoveu nesta quarta-feira, dia 15, o I Workshop de Aleitamento Materno. Esta foi mais uma ação de educação continuada, promovida e apoiada pela SOPERJ no mês de agosto, em comemoração ao Dia do Pediatra (27 de julho). O evento, realizado no Hotel Atlântico, em Copacabana, contou com cerca de 100 participantes, entre profissionais de saúde, médicos pediatras, enfermeiros, fonoaudiólogos, residentes e estudantes de medicina. A presidente da SOPERJ, Dra Isabel Rey Madeira, ressaltou a importância do encontro:

 

Este é um importante evento pois tem a particularidade de ser multidisciplinar, ou seja, não é somente para médicos. A ação de promoção do aleitamento materno tem que ser assim: para todos! Profissionais, residentes e estudantes de medicina, pois todos são muito importantes neste processo. E a introdução da aula prática foi mais uma ação louvável”, afirmou a presidente.

 

Para a coordenadora do evento, Dra Carmen Elias, presidente do Comitê de Aleitamento Materno da SOPERJ, esse primeiro wokshop é uma atuação desafiadora e, ao mesmo tempo, provocante. “Desafiadora porque estamos trabalhando um conteúdo teórico na parte da manhã e uma atividade prática nunca realizada por nós fora de unidades, ambientes hospitalares e consultórios. Mas é justamente isso que está sendo um diferencial. É o nosso desejo trazer essa prática fundamentada para uma sala de atividades e poder contar com multiprofissionais que atuam justamente dando apoio e suporte às mães”, disse a pediatra. Carmen Elias disse ainda que hoje há um tripé que é promoção, apoio e proteção ao aleitamento. “Se não realizarmos essas ações, não teremos sucesso. Queremos que esse evento se multiplique. A proposta é de incluir os pediatras, porque, futuramente, a SBP está pensando em um título para o consultório do pediatra, como por exemplo, o consultório amigo da criança. E esse profissional vai precisar muito desse conteúdo e do conhecimento da prática”, adiantou. “O Agosto Dourado ainda não acabou! Esperem, pois ainda tem muitas ações para acontecer”, garante.

 

Durante toda a manhã foram ministradas palestras dos mais variados temas. Na conferência de abertura, a consultora da OMS e do UNICEF, Dra Marina Ferreira Rea, falou
sobre direitos, benefícios e proteção da mulher trabalhadora que amamenta. Segundo ela, são vários desafios encontrados por estas mães-mulheres e que precisam ser enfrentados. A médica falou também sobre as convenções trabalhistas de proteção à maternidade.

 

Palestraram também os membros do Comitê de Aleitamento Materno Dra Maria Conceição Salomão, sobre “Aconselhamento”; Dra Rosane Siqueira, sobre “Anatomia da mama e fisiologia da lactação”; Dra Ana Lúcia Figueiredo, sobre “Como vencer os obstáculos para o aleitamento materno”; Dr José Dias Rego, sobre “Atitude facilitadora para o sucesso do aleitamento materno”; além da própria Dra Carmen Elias, que falou sobre o “Uso e abuso de complemento do leite materno”.

 

A Dra Nicole Gianini, do Comitê de Perinatologia da SOPERJ falou sobre Aleitamento Materno e microbioma, um tema, segundo ela, relativamente novo. “As pessoas estão estudando mais a importância do microbioma para a eclosão de várias doenças na vida adulta e durante toda a vida. Então, é importante compartilhar isso com as pessoas, que é mais uma vantagem do leite materno. É mais uma coisa importante que as pessoas precisam saber para garantir que a mãe precisa amamentar e essa microbiota para a construção do microbioma seja garantido para essas crianças”, esclareceu a neonatologista.

 

A troca de experiência e o compartilhamento de conhecimentos e vivências foram ressaltados por todos, palestrantes e participantes, como fator importante para a realização deste primeiro Workshop de Aleitamento Materno. “Um evento desse é de suma importância para as crianças, para nós profissionais, pra todo mundo. É o alicerce da vida”, conclui a Dra Nicole Gianini.