Estamos no mês dos esclarecimentos sobre doenças do coração na infância, as cardiopatias congênitas. Uma das condições mais comuns de encaminhamento para o cardiologista pediátrico é o sopro cardíaco, que causa muita apreensão nas famílias quando surge o diagnóstico. Por isso, a SOPERJ destaca a importância de esclarecer sobre o tema.
O que é o sopro no coração?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o sopro cardíaco surge devido a uma turbulência do fluxo sanguíneo. Ela acaba causando vibrações e ruídos no coração identificadas pelo pediatra durante a consulta de rotina ou em quadro infeccioso.
O sopro cardíaco é bastante comum na infância e adolescência, podendo afetar em torno de 50% a 70% das crianças de qualquer idade.
Sopro fisiológico e sopro patológico
São dois tipos de sopros cardíacos: o fisiológico e o patológico.
No fisiológico, normalmente a criança não tem sinais ou sintomas e é descoberto durante a consulta. É considerado inofensivo e costuma desaparecer na adolescência.
Já o patológico está associado às cardiopatias congênitas e outras manifestações como: arritmia cardíaca, dificuldade em ganhar peso, sinais de cansaço, respiração rápida, coloração arroxeada da pele e mucosas e pneumonias de repetição.
Abordagem familiar
No primeiro momento, o diagnóstico pode preocupar os pais. A SOPERJ destaca que a orientação vai depender do tipo de sopro e, para isso, é fundamental o encaminhamento e a avaliação do cardiologista pediátrico.
Os especialistas explicam que no sopro fisiológico as crianças têm o coração saudável, sendo uma condição não preocupante. Mesmo no sopro patológico, com o diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento adequados, é possível que a criança tenha um bom desenvolvimento.
A SOPERJ entende que o diagnóstico do sopro cardíaco pode apavorar os pais e familiares da criança. Por isso, o pediatra tem um papel fundamental no acolhimento, esclarecimentos e orientação da família.