O 20 de novembro de 2024 marcou pela primeira vez o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. O tema foi abordado das mais variadas formas ao longo dos dias. Uma grande visibilidade que pode ter chamado a atenção das crianças e adolescentes. Para a SOPERJ, é um bom momento para iniciar a abordagem sobre o que é o racismo, se colocando no lugar do outro e preparar novas gerações para o fim do problema.
Como abordar
A primeira orientação é não abrir o diálogo somente neste período. A conscientização racial deve ser uma prática diária para que crianças e adolescentes tenham noção e entendimento do como certas atitudes e comentários podem ser agressivos, apenas pela diferença da cor da pele.
Crianças seguem modelos, então ser o exemplo é fundamental para que elas se baseiam, reproduzindo suas ações, principalmente das que estão à sua volta. A conversa sobre o tema deve ser um momento respeitoso, passando valores de solidariedade.
Entre as sugestões, a SOPERJ lista alguns pontos para facilitar essa conversa:
– Use a cultura para exemplificar atitudes.
– Sempre adote uma linguagem leve, baseada em livros, desenhos e filmes. Leia histórias e contos que demonstram igualdade racial de uma maneira criativa e didática.
– Passe sempre a mensagem que todos precisam ser tratados da mesma forma, com empatia e respeito.
– As crianças são curiosas e as perguntas são inevitáveis. Sempre responda com honestidade e se não tiver a resposta na hora, chame a criança ou adolescente a pesquisar e aprenderem juntos.
Entendendo o Tema
Entender sobre o assunto será a primeira porta aberta para a conversa, ou seja, é preciso explicar por que o dia 20 de novembro foi escolhido como símbolo do feriado. Foi nesta data, no ano de 1695, que morreu Zumbi dos Palmares, um líder que lutou pela liberdade dos negros no período da escravidão no Brasil.
A data é uma oportunidade para reconhecer todo o esforço por justiça e liberdade que os africanos escravizados e seus descendentes tiveram ao longo do tempo, e que continuam buscando. Momento de reflexão do legado africano na formação da sociedade, que recebeu influência na nossa língua, música, culinária, e diversos outros pontos do dia a dia.
Dados mostram que o preconceito ainda existe e o racismo reforça a desigualdade social e a violência contra os negros, causando discriminação dentro da sociedade.
A SOPERJ reforça que é fundamental aproveitar o período para ajudar na mudança do pensamento da sociedade. Todos fazem parte do processo.