9. AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO PONDERAL DE CRIANÇAS NASCIDAS PEQUENAS PARA A IDADE GESTACIONAL

Autor:Lagalhard CSX, Cardoso ME; Jusan RC; Ferreira BS; Santos CV, Beserra ICR e Guimarães MM

Instituição: Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) – UFRJ./Rio de Janeiro – RJ
As crianças nascidas pequenas para a idade gestacional (PIG) são assim consideradas quando apresentam peso e/ou comprimento inferiores ao percentil 10 da curva de crescimento, sendo referido que a recuperação (crescimento de catch-up) ocorre na maioria nos primeiros 2 anos de vida. Objetivos: Avaliar a evolução do peso de crianças nascidas PIG comparadas com crianças com tamanho adequado a idade gestacional (AIG) nos dois primeiros anos de vida. Casuística e Metodologia: Foram avaliados aleatoriamente 44 prontuários de crianças atendidas no ambulatório de pediatria geral. As crianças foram agrupadas de acordo com a idade gestacional, peso e comprimento ao nascer e classificadas, de acordo com a curva de Largo et al., como de baixo peso (BP), pequeno comprimento (PC) e adequadas (AIG). Foram também anotados os dados do peso e comprimento aos 6 meses, 1 e 2 anos de idade, sendo que para a última faixa etária adotou-se a medida anotada entre um período intervalar de mais ou menos 6 meses. Através do programa EPIINFO versão 2002, foi calculado o escore z do peso. As crianças que apresentavam baixo peso e/ou baixo peso + pequeno comprimento foram agrupadas como classe única e denominadas todas como BB As médias para cada faixa etária (6 meses, 1 e 2 anos) foram calculadas e comparadas às crianças AIG. Resultados: 32 crianças eram AIG, 8 com baixo peso e 4 com pequeno comprimento e baixo peso. A média do escore z aos 6 meses foi de 0,130.9 para os AIG e 0,940,7 para os BP, sendo significantemente diferente (p=0,01) pela ANOVA. Não foi encontrada diferença com 1 ano de idade, embora tenha ocorrido diferença aos 2 anos de idade (p=0,03 ), entre os dois grupos. Conclusão: A recuperação do peso ocorreu antes de 1 ano de idade e a diferença ocorrida aos 2 anos pode ser devida à outras intercorrências clínicas.

Fonte:Revista de Pediatria SOPERJ – Ano 4 – nº 1 – Janeiro a Junho de 2003