Alerta da SOPERJ sobre casos de bronquiolite

Com as temperaturas mais baixas e a chegada do frio, é comum o aparecimento de doenças respiratórias na infância. Neste momento, inclusive, há um aumento dos casos de bronquiolite no país e os pediatras pedem muita atenção aos pais e responsáveis.

A SOPERJ, através do Departamento Científico de Doenças do Aparelho Respiratório, esclareceu algumas questões sobre a doença. A presidente do Departamento Científico, Dra. Patrícia Fernandes Barreto M. Costa, explicou que a bronquiolite é uma infecção de vias aéreas inferiores (pulmonar), que inflama os brônquios de pequeno calibre, chamados bronquíolos, que é a parte mais delicada do pulmão dos bebês. Ela é frequentemente causada por vírus respiratórios, sendo o principal deles o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

A pediatra destacou ainda que é mais frequente em crianças menores de dois anos. “Quanto menor a idade, maior a chance da infecção evoluir de forma grave, com possível hospitalização e necessidade de tratamento intensivo.”

Sintomas e Tratamento

A bronquiolite começa como um resfriado. No início, o bebê apresenta febre, tosse, coriza clara, além de irritabilidade e recusa às mamadas. Em torno de dois dias, esse quadro pode evoluir com tosse intensa, respiração rápida e aquele chiado no peito.

A Dra. Patrícia também chama a atenção para alguns sintomas mais graves como sonolência, lábios arroxeados e pausas respiratórias. “Nessas situações é imprescindível levar a criança para uma avaliação médica.”

Alguns bebês têm um risco maior de desenvolverem bronquiolite como os prematuros, aqueles com doenças cardíacas ou pulmonar crônica, com baixo peso e menores de 1 ano.

Quanto ao tratamento, não há uma terapia específica para a bronquiolite. Em crianças sem fatores de risco, ele pode ser feito em casa com os pais seguindo as orientações do pediatra e observando a questão da febre, da respiração, hidratação e nutrição do bebê.

Algumas medidas simples ajudam na prevenção da bronquiolite como:

  • Higienizar as mãos com frequência e, principalmente, antes de tocar no bebê;
  • Evitar aglomerações e o tabagismo passivo;
  • Manter a amamentação exclusiva até os 6 meses de vida;
  • Evitar o contato do bebê com pessoas resfriadas;
  • Além de manter o calendário vacinal em dia.

O Departamento Científico de Doenças Respiratórias da SOPERJ destaca que a prevenção é o melhor remédio.