Baixas coberturas vacinais

O comitê de infectologia da SOPERJ alerta para o risco do retorno de doenças erradicadas ou controladas em nosso país, como poliomielite e sarampo. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989 e em 1994 o continente americano recebeu a certificação da erradicação da doença. A região das Américas foi considerada livre de circulação de sarampo em 2016.

O país vive surtos de sarampo inicialmente em decorrência da imigração de pessoas doentes da Venezuela para Roraima e Amazonas, porém outros surtos foram notificados no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro, o que reflete a ocorrência de baixas coberturas vacinais. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) vem ao longo dos anos incorporando novos imunobiológicos e ampliando os calendários básicos de vacinação para todas as faixas etárias, porém as altas coberturas necessárias para o controle do surgimento de doenças previamente controladas, não estão ocorrendo. Sem coberturas vacinais adequadas, não há controle de doenças. 

O momento é de união de esforços no sentido de colaborar com o PNI para aumentar a cobertura vacinal no país, com a responsabilidade dos pediatras de abordarem a questão da imunização durante a consulta pediátrica, não só da criança, mas da família também, ampliando assim a proteção para o seu paciente e colaborando na proteção de rebanho. 

Conclamamos os pediatras do Estado do Rio de Janeiro para se unirem ao PNI, perseguindo altas coberturas vacinais e não permitindo o ressurgimento de doenças previamente controladas no país. Adesão total à campanha de vacinação em agosto é a meta!