Cobrapem reúne mais de mil especialistas do Brasil e exterior com público 15% maior que o da edição anterior

Mais de mil congressistas de todos os estados do Brasil participaram do XII Congresso Brasileiro de Endocrinologia Pediátrica (Cobrapem), realizado pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O evento também contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). O número de inscritos do 12º Congresso foi 15% maior do que o registrado na edição de 2015, realizada em Natal (RN).

A maioria dos participantes foi da Região Sudeste, sendo que o Estado de São Paulo liderou o ranking com 29% dos inscritos, seguido do Rio de Janeiro (18%) e Minas Gerais (10%). No entanto, os organizadores frisaram que todas as unidades da federação estiveram representadas e que ainda houve participantes estrangeiros. Um deles foi o dr Misael Mercado, da Colômbia, que tem marcado presença no Cobrapem desde sua primeira edição, ocorrida em 1995, em São Paulo (SP).

Para a edição 2017, foram inscritos 225 trabalhos científicos, divididos nos formatos pôster e tema livre, sendo que alguns desses trabalhos foram inseridos nas sessões das mesas-redondas sobre os diferentes temas. Os autores são representantes dos principais serviços de endocrinologia pediátrica do País. Na avaliação do presidente do DC de Endocrinologia da SBP, dr Crésio Alves, o Cobrapem é uma chance importante para os pediatras atualizarem conhecimentos em diversas áreas, como oncologia, nutrição, gastroenterologia, oftalmologia e genética.

Mais de 90 palestrantes nacionais e cinco internacionais estiveram à disposição dos inscritos do Cobrapem 2017. Eles participaram de debates sobre as principais atualidades que envolvem a área de endocrinologia pediátrica e dividiram seus conhecimentos com todos os congressistas. No primeiro dia de evento, o dr Walter Zin (RJ) ensinou os participantes a desenvolver, escrever e analisar projetos de pesquisas e artigos científicos. Na sequência, o Grupo de estudo de Onco-Endo-Pediatria, coordenado pela dr Maria Alice Neves Bordalo (RJ), discutiu temas diversos, como carcinoma adrenal na infância, o tratamento oncológico na criança, história dos efeitos tardios, a importância do endocrinologista na Oncologia Pediátrica, entre outros.

Encerrando a programação do primeiro dia, três conferências foram ministradas por palestrantes internacionais. A primeira delas foi “Guidelines for the use of rhGH and IGF-I”, ministrada pela dra Adda Grimberg, de Filadélfia (EUA), especialista em crescimento e pesquisadora que coordenou recente publicação da PES sobre as novas recomendações para o uso de hormônio do crescimento em crianças com deficiência desse hormônio e baixa estatura idiopática.

Também houve as exposições “Understanding transexualism”, do dr Stephen Rosenthal (EUA), atual presidente da Sociedade Norte-Americana de Endocrinologia Pediátrica (PES) e coordenador de um dos primeiros serviços para crianças e adolescentes com transtornos de identidade de gênero; e “The artificial pâncreas: automated insulin delivery has arrived!”, com o dr Stuart Alan Weinzimer (EUA), pesquisador que participou de diversos estudos com crianças avaliando o chamado sistema fechado de insulina,  no qual o próprio sistema decide a dose do medicamento a ser administrada pela bomba baseado na glicemia, sem a interferência direta do paciente.