Dia das Crianças Mobiliza Pediatras do Rio de Janeiro

DIA DAS CRIANÇAS MOBILIZA PEDIATRAS DO RIO

SOPERJ discute alimentação, obesidade e segurança

O Dia das Crianças, no próximo dia 12 de outubro, faz com que a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) se posicione com respeito a determinados temas que influem diretamente no desenvolvimento das crianças. Alimentação, comportamento e segurança estão entre os assuntos que têm mais chamado a atenção dos pediatras, em razão dos problemas que podem acarretar.

O Comitê de Nutrologia Pediátrica da SOPERJ alerta que “nutrir não é alimentar”. Os pediatras lembram que a criança começa a ser nutrida pelo seio materno, mas a partir da introdução de qualquer outro alimento passa a ter o risco de que a alimentação não atenda a sua melhor nutrição. O crescimento da criança deve acompanhar o crescimento dos tecidos e órgãos de todo o corpo e cada um deles precisa de um nutriente específico. O tecido ósseo, por exemplo, precisa de cálcio, fosfato ou vitamina D  e a carência desses nutrientes poderá determinar uma baixa estatura definitiva. Uma carência não notada poderá determinar disfunções para toda a vida. Já a carência de ferro, que no Brasil ainda afeta 50% dos menores de dois anos, afeta na aquisição de várias habilidades, como reconhecer, andar, falar, entender, e disfunções de longo prazo. Uma das conseqüências mais graves é que adultos que foram anêmicos por carência de ferro antes dos dois anos são menos aptos ao trabalho.

Uma boa alimentação, portanto, se faz necessária, mas uma outra preocupação dos pediatras da SOPERJ diz respeito ao estilo de vida atual das crianças. Segundo o presidente da instituição, Edson Liberal, “a modernidade diminuiu o esforço físico do dia a dia, já que o controle remoto, o computador e os vídeogames reduziram a atividade física dos menores”, comenta. Além disso, a cidade grande, com menos locais para recreação, e a violência diminuíram as oportunidades destas crianças de gastarem energia espontaneamente. “Sem contar que comemos alimentos de preparo rápido e rápida digestão, sem um alto valor nutritivo. Fazer menos atividade física e não ter uma alimentação adequada leva à obesidade”, acrescenta.

Vale destacar que o aumento no número de pessoas obesas no Brasil é proporcionalmente maior que o aumento nos Estados Unidos. E as crianças estão entre as mais afetadas por esta crise mundial de obesidade. “Devemos estimular campanhas de orientação e esclarecimento e desenvolver projetos que dêem oportunidades para que as crianças sejam mais ativas. A construção de parques e quadras poliesportivas deve ser uma prioridade. Os educadores e as escolas devem se mobilizar também. A educação física escolar é fundamental. Os pais devem ter tempo para estar com com seus filhos, estimulando atividade física e orientando sobre uma boa alimentação. Não devem esquecer de também ter um estilo de vida mais saudável e mais apropriado para a atualidade”, afirma Edson Liberal.

Mas o presidente da SOPERJ faz uma ressalva. “Todas as crianças precisam de carinho, atenção e segurança para se tornarem adultos saudáveis e responsáveis. Nós, adultos, somos todos muito preocupados com a saúde de nossos filhos. Já com relação à segurança, a história é diferente. Milhares de acidentes com crianças ocorrem todos os dias, sendo responsáveis por grande número de atendimentos em emergências pediátricas. Quedas, intoxicações, afogamentos, acidentes com veículos motorizados são exemplos comuns. Medidas simples de prevenção ainda são negligenciadas por pais e responsáveis. Ele garante que “todo acidente pode ser evitado. Supervisão e mudanças no ambiente podem diminuir o número de acidentes e a gravidade dos mesmos”, completa.

Assessoria de Imprensa da SOPERJ

Sergio du Bocage – 21.9995.7576