Conscientização da Cardiopatia Congênita

O dia 12 de junho é o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita. Aproveitando que a data é no Dia dos Namorados, o slogan da campanha é “Namore essa Ideia”.  Esta é uma iniciativa do Departamento Científico de Cardiopediatria da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, presidido pela Dra. Flavia Gurgel.

Nesta data, a SOPERJ quer fazer um alerta para a necessidade urgente de mudança na gestão pública do sistema de saúde, sobretudo para o tratamento e acompanhamento das cardiopatias congênitas. A estimativa é que cerca de 1% dos nascidos vivos terão essa anormalidade funcional do coração, que se origina ainda no feto.

As cardiopatias congênitas são as malformações de maior impacto na morbimortalidade das crianças e nos custos com serviços de saúde. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostram que as Cardiopatias Congênitas Críticas (CCC), quando não tratadas, são responsáveis por cerca de 10% dos óbitos infantis e 30% de CCC recebem alta das maternidades sem o diagnóstico.

Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde, no ano de 2017, foram realizadas cerca de 800 cirurgias no Rio de Janeiro, quando seriam necessárias cerca de 1300 cirurgias/ano.

É fundamental unir esforços para alertar a população e profissionais da saúde sobre a importância da prevenção por meio do diagnóstico precoce. O Teste do Coraçãozinho (exame simples e indolor), que é lei em vários estados do Brasil (no Rio de Janeiro, LEI Nº 6.350 de 30 de novembro de 2001) e deve ser realizado entre 24 e 48h de vida, antes da alta hospitalar, possibilita ao pediatra suspeitar de cardiopatia grave. O Ecocardiograma Fetal também ajuda no diagnóstico precoce, ainda na fase intra-uterina.

Os pediatras acreditam que, ao melhorar o diagnóstico destas cardiopatias, haverá uma redução na morbimortalidade infantil. É preciso estar alerta aos sinais da criança, tais como: cansaço excessivo, dificuldade no ganho de peso, pele arroxeada (cianose), infecções pulmonares de repetição, episódios de desmaios, coração acelerado, dor no peito ou irritabilidade frequente, para que não passem despercebidos.