Exposição Solar e os Cuidados com a Pele

As atividades ao ar livre e os banhos de sol são importantes para a saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a exposição solar contribui para a síntese de vitamina D, ajudando na saúde óssea. No entanto, é fundamental ter alguns cuidados com a pele dos pequenos e evitar os excessos.

A presidente do Departamento Científico de Dermatologia da SOPERJ, Dra. Juliany de Lima Estefan, esclareceu que é fundamental lembrar que o efeito da radiação é acumulativo, ou seja, a radiação ultravioleta recebida desde a infância e ao longo da vida mostrará seus efeitos a longo prazo. “A exposição excessiva ao sol pode levar a queimaduras, ao envelhecimento precoce e ao aumento do risco de câncer de pele.”

A médica destacou que há uma série de recomendações para redobrar os cuidados com a pele das crianças. Uma delas é com relação aos horários. “Os horários mais apropriados para tomar sol são até às 10h e após as 16h e sempre com protetor solar. É muito importante evitar exposições prolongadas e repetidas ao sol.”

A proteção deve ser iniciada desde a infância. Segundo ela, durante os seis primeiros meses de vida, não deve ter exposição direta e devem ser utilizados bonés, roupas, guarda-sol ou sombrinha como proteção física.

“Os protetores solares são indicados a partir dos 6 meses, devendo ser escolhido o produto permitido para cada faixa etária. A aplicação deve ser realizada com quantidade generosa, 30 minutos antes da exposição e reaplicado a cada 2h”, explicou a especialista.

Na praia, na piscina ou em atividades com maior exposição, além do uso do protetor solar também é recomendada a proteção física com chapéus e roupas adequadas e tentar deixar a criança na sombra. “O cuidado com os olhos através do uso de óculos escuros com proteção para radiação ultravioleta também é recomendado.”

A Dra. Juliany ainda fez um alerta importante, principalmente para os adolescentes: o uso de câmaras de bronzeamento artificial não é recomendado, pois pode aumentar o risco de câncer de pele, levar a queimaduras e até problemas nos olhos. A pediatra enfatizou que, no Brasil, a utilização do equipamento é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).