Freqüência de Dor Pós-Tratamento Endodôntico em adolescentes: Consulta Única e Duas Consultas. – Resumos de Teses e Dissertações

Autor:Patrícia de Andrade Risso

Resumo
Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Corpo Docente do Programa de Pós- Graduação em Clínica Médica, Setor Saúde da Criança e do Adolescente, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Saúde.
Objetivos: Descrever a freqüência e a intensidade da dor pós-tratamento endodôntico e fatores associados.
Métodos: Consecutivamente 121 pacientes, de 11 a 20 anos, com molares necrosados foram alocados em dois grupos de tratamento: (1) consulta única; (2) duas consultas (medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio). A intensidade da dor foi avaliada por meio de escala analógica visual (0 a 5). A associação entre a freqüência de dor e características demográficas e clínicas foi analisada utilizando-se regressão logística.
Resultados: Estudou-se 118 pacientes, 57 tratados no grupo (1) e 61 no grupo (2). A freqüência de dor pós-obturação foi de 10,5% para o grupo (1) e de 23% para o grupo (2) (p=0,072). A intensidade de foi identificada pelos escores 1 e 2 em 90% dos casos. Os fatores associados à dor pós-obturação foram: cultura (positiva) no momento da obturação (OR: 9,246, IC95%:2,876-29,727, p<0,001) e dor pré-operatória espontânea (OR:3,596, IC95%:1,025-12,613, p<0,05). Conclusão: A dor pós-obturação foi duas vezes mais freqüente no grupo duas consultas em relação ao grupo consulta única. A intensidade da dor foi semelhante entre os grupos e nenhum paciente apresentou dor aguda com necessidade de tratamento emergencial. Um eficaz controle microbiológico e o controle da dor pré-operatória espontânea podem influenciar a sintomatologia dolorosa pós-obturação endodôntica. Palavras chaves: preparo do canal radicular, medição da dor, necrose da polpa dentária, dor pós-operatória, adolescentes. Orientadores: Antônio José Ledo Alves da Cunha Marcos César Pimenta de Araújo. Programa de Pós-graduação em Clínica Médica. Setor de Saúde da criança e do Adolescente. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mestrado

Fonte:Revista de Pediatria SOPERJ – Ano 8 – nº 1 (SUPLEMENTO – VIII CONSOPERJ) – Abril de 2007