Autor:Therezinha Cruz (Presidente do Comitê de Adolescência, agosto de 2005)
Durante a adolescência ocorre um grande despreendimento do jovem de seu núcleo familiar. Um processo longo e delicado até chegar a idade adulta.
Nesta fase os pais devem aceitar e estimular a necessidade de se tornarem independentes. Uma coisa é orientar e DAR LIMITES; outra é não deixarem que tomem decisões para as quais já estão capacitados.
A medida que crescem e conquistam a indepêndencia também devem conquistar algumas responsabilidades.
Assim, os pais devem por limites dando ao jovem a noção da realidade.
Muitas vezes os pais não estão certos de suas posições e temem parecer antiquados. Não sabem bem determinar o que “pode ou não pode” e ficam muito preocupados em reprimir, frustrar, achando que agindo assim prejudicarão o desenvolvimento do adolescente.
A vida é constituída de coisas boas-alegria, sucesso, conquista- assim como de momentos de frustração, busca, depressão.Conviver não só com as satisfações, mas também com as perdas, dá oportunidade ao jovem de encontrar o equilíbrio,se fortificar e amadurecer.
Muitas vezes os pais com medo de perder o afeto dos filhos, tornam-se permissivos, atuando sempre com exagerada compreensão.
O “sim” tem um significado de responsabilidade que nem sempre a criança ou adolescente tem condição de assumir.É mais fácil dizer “sim” do que “não”.
O “não” muitas vezes só é usado em casos extremos( no auge do desepero, quando os pais percebem que não controlam a situação) e aí, então, não conseguem mais dar o limite, por não ter o adolescente criado este hábito de aceitar a negativa.
O “não” é salutar.
A autoridade deve ser mantida sem autoritarismo.
As regras e normas da família devem ser claras e objetivas para o adolescente.
Os pais devem ser coerentes quanto à disciplina. Não podemos esquecer que a educação pelos exemplos da família são muito mais importantes do que apenas discursos e imposições de regras.
As melhores normas são aquelas que poderão realmente serem cumpridas.
Fonte:SOPERJ