Autor:Assessoria de Imprensa da SOPERJ
A rinite alérgica e a asma, duas doenças alérgicas respiratórias, tiveram sua prevalência aumentada na última década. Segundo a pediatra Neide Pereira, do Comitê de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SOPERJ), ambas são desencadeadas por inúmeros fatores, entre eles os ambientais, como poeira e ácaro. “A prevenção se dá, principalmente, pelo controle ambiental, pelo tratamento com medicamentos sob orientação médica e com vacinas”, explica ela.
No próximo dia 7 de maio será comemorado o Dia da Alergia e, segundo Neide Pereira, “este é o momento oportuno para chamar a atenção do público leigo para as doenças alérgicas e as formas de prevenção”. Ela lembra que existem as doenças alérgicas, causadas por alergias a medicamentos, “de extrema importância, pois pode levar à conseqüências sérias e é evitável quando se identifica o medicamento causador”, ressalta. Existem, também, as alergias alimentares, como ao leite, amendoim e camarão, por exemplo. Algumas dúvidas também devem ser esclarecidas numa consulta, como “o porquê de o asmático não poder tomar sorvete, se o gato transmite asma, por que só criança tem asma e outras questões”, comenta a pediatra que vai ministrar uma palestra no Hospital Jesus, em Vila Isabel, com o tema mitos e medos em alergia, na próxima sexta-feira, dia 6, às 12 horas.
A presença de animais domésticos é um fator desencadeante das doenças alérgicas. Estudo recente no Brasil indicou uma associação positiva entre a prevalência de asma em escolares de 13 a 14 anos e a presença de animais domésticos com pêlos. O gato é um dos principais vilões no controle da alergia, pois a substância transmissora (o antígeno Fel d 1) é encontrado principalmente na saliva e, como o animal tem por hábito lamber seu próprio pelo, ela pode circular por toda a casa.
A asma é uma das principais doenças da infância, sendo certamente a principal doença respiratória crônica da criança e do adolescente A rinite alérgica é um processo inflamatório que se caracteriza por crises freqüentes de espirros, coriza, obstrução nasal, coceira nos olhos, ouvidos e garganta, causando um desconforto leve, moderado ou grave, na dependência da intensidade das crises.
Neide Pereira destaca, por fim, que no outono/inverno têm-se um acréscimo de 30% do atendimento ambulatorial das doenças alérgicas respiratórias.