Pediatras Alertam: Tabagismo é uma Doença Pediátrica.

Desde a gravidez, fumo prejudica a saúde de bebês, crianças e jovens.
O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado neste sábado (31), servirá para a Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro reforçar o alerta de que o tabagismo é uma doença pediátrica. “É mais uma oportunidade de sensibilizarmos a população fumante para a necessidade de protegermos nossas crianças”, alerta Clemax Santana, membro do Comitê de Doenças do Aparelho Respiratório da SOPERJ. São fumantes passivas, que na verdade são prejudicadas desde a gravidez, comprovadamente prejudicada pelo tabaco.
“Infelizmente as crianças contribuem para o aumento das estatísticas do tabagismo passivo”, confirma Clemax. “Elas, como fumantes passivas, sofrem com problemas inflamatórios sérios, como bronquite, asma e rinites alérgicas. Por influência dos pais, têm contato mais cedo, o que facilita para que, no futuro, tenham problemas mais sérios, como câncer de pulmão, laringe e esôfago”, salienta.
Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que 5 milhões de pessoas morrem, anualmente no mundo, em razão do tabagismo – são 200 mil no Brasil. O dado mais alarmante é que cerca de 10% são fumantes passivos, incluindo aí os bebês e as crianças. “Cabe a nós, pediatras, alertarmos os pais e responsáveis para os malefícios causados pelo tabaco”, diz Clemax Santana. Ele ressalta que o pediatra tem de estar preparado para encaminhar o jovem para especialistas que o ajude a parar de fumar. “Estudos mostram que a iniciação ao tabagismo ocorre na adolescência, em torno dos 15 anos. E que 90% dos tabagistas começam a fumar antes dos 19 anos. Por isso o tabagismo é reconhecido pela OMS como doença pediátrica”, explica o pediatra. Uma pesquisa nacional sobre Saúde Escolar (PENSE), do Ministério da Saúde e do IBGE, mostrou que a proporção de estudantes do ensino fundamental (entre 13 e 15 anos) que experimentaram cigarros em 2009 foi de 24,5%, sendo mais elevada nas escolas públicas (26,7%) do que nas privadas (18,3%).
“As crianças expostas ao fumo passivo em casa têm duas vezes mais probabilidade de ser fumadores do que as que não são expostas. E não podemos esquecer que dados do Ibope revelam que 33% dos jovens que fumam acabam experimentando as drogas mais pesadas”, finaliza Clemax Santana, membro do Comitê de Doenças do Aparelho Respiratório da SOPERJ .
DB Press – Sergio du Bocage / Debora Meth