Pediatras de Plantão na semana mundial da Amamentação

A Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) vai colocar, à disposição da população, o telefone (21).2531.3313 com um membro do Comitê de Aleitamento Materno para tirar dúvidas sobre amamentação, como parte das comemorações pela 20ª Semana Mundial da Amamentação, cujo tema, este ano, é “Amamentar agora é pensar no futuro”. “Vamos resgatar as estratégias da alimentação saudável, que sem dúvida começa com a amamentação”, explica Ana Lúcia Figueiredo, Presidente do Comitê da Soperj.

O Disque-Amamentação vai funcionar nos dias 01, 02, 03, 06 e 07 de agosto (de quarta a sexta-feira próximas e na segunda e terça-feira seguintes), das 9h às 12h e das 13h às 16h. “O serviço oferecido pela Soperj não é apenas para gestantes e mães”, esclarece a Dra. Ana Lúcia. “Vamos atender toda a população com esclarecimentos relacionados ao aprendizado do bebê em sugar, como a mãe deve oferecer o peito e outras dicas importantes. Inclusive sobre legislação, no que se refere à questão da licença maternidade”, lembra a pediatra.

A Semana Mundial da Amamentação, celebrada em 170 países com o objetivo maior de aumentar os índices de aleitamento materno, é promovida por diversos órgãos internacionais e o tema deste ano, “Amamentar agora é pensar no futuro”, foi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo UNICEF. “As práticas alimentares devem ser aprimoradas, o que vai impactar, positivamente, o crescimento e o desenvolvimento da criança em todos os aspectos”, confirma Ana Lúcia Figueiredo.

A Presidente do Comitê de Aleitamento Materno da Soperj lembra que “com a amamentação as crianças têm vantagens nutricionais, imunológicas (adoecem menos) e psicoemocionais (fortalecimento do vínculo afetivo e prevenção da violência), entre outras. Para a mãe, os benefícios também são inúmeros, pois reduz-se o risco de câncer de mama, a involução do útero é mais rápida e o vínculo afetivo que se estabelece com a criança é enorme”, destaca. Ela lembra, ainda, que não existe ‘leite fraco’. “O colostro, líquido amarelado que a mulher produz nos primeiros dias de amamentação, é perfeito para o recém-nascido, por suas proteínas e células de defesa que protegem a mucosa intestinal do bebê”, ressalta a pediatra.

O Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, divulgou, em 2009, os resultados da “II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal”. O estudo incluiu, por meio de amostragem probabilística, 34.366 crianças menores de 1 ano que compareceram à segunda fase da campanha de multivacinação de 2008, em todas as capitais brasileiras e Distrito Federal (DF). Na pesquisa, 65,6% das crianças menores de um ano, do Estado do Rio de Janeiro, mamaram na primeira hora de vida – a média nacional foi de 67,7% e a da Região Sudeste, 63,5%. No quesito “Aleitamento Materno Exclusivo”(AME), até os seis meses de idade, os índices caíram – 40,7% no Rio de Janeiro, 41% no país e 39,4% na Região Sudeste.

“Temos de estar atentos à propaganda dos supostos substitutos do leite materno, que se mantém de modo ininterrupto favorecendo o desmame precoce. O leite humano é muito mais vantajoso que seus concorrentes, pois possui fatores únicos. Além disso, com a prática da amamentação, reduz-se em seis vezes o risco de morte por diarréia e diminui as ocorrências de infecções, principalmente antes de a criança completar um ano de vida. Prova disso, é que as crianças que se alimentam com o leite materno têm menos chances de desenvolver doenças alérgicas do que aquela alimentada artificialmente. Devemos estimular e apoiar as mães que decidem pelo aleitamento materno. Amamentar é sinônimo de mais saúde para mãe e filho", finaliza a pediatra da Soperj.

DB Press – Sergio du Bocage
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