SOPERJ PREPARA PEDIATRAS DO RIO PARA COMBATE À CHIKUNGUNYA

Possibilidade de epidemia no Rio provoca mesa redonda para discutir o atendimento

Os números da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde são alarmantes. O Rio de Janeiro corre o sério risco de ter cerca de 1,3 milhão de pessoas infectadas pelo vírus da Chikungunya. Por conta disso, a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) promove no próximo dia 30, a partir das 17 horas, uma mesa redonda entre pediatras com o objetivo de informar, preparar e alertar para esta doença que, segundo autoridades em saúde do Município do Rio de Janeiro, “ameaça atingir metade da população carioca”.

“Vamos fazer a nossa parte. Orientar os médicos pediatras para que haja um diagnóstico correto e imediato. Afinal, as crianças precisam de um atendimento e tratamento diferenciados para essa que parece ser a ameaça deste verão”, diz Isabel Rey Madeira, presidente da SOPERJ, preocupada com a curva ascendente no número de pessoas infectadas.

A discussão sobre a chikungunya terá a presença do subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, da presidente do Comitê de Infectologia da SOPERJ, Tania Petraglia, que falará sobre as manifestações clínicas nas crianças, e da presidente do Comitê de Reumatologia da SOPERJ, Cynthia França, que vai abordar as manifestações osteoarticulares da chikungunya nas crianças.

De acordo com a Secretaria de Saúde, de janeiro a novembro de 2016 foram computados 15.265 casos de chikungunya, 200 vezes mais que o registrado em igual período de 2015, quando houve 71 notificações. Até novembro foram confirmadas dez mortes por Chikungunya em 2016. A Fiocruz e a Prefeitura do Rio estimam que a epidemia infectará dez vezes mais cariocas que a pandemia da Dengue de 2008, quando 125 mil pessoas tiveram a doença.

A mesa redonda será na sede da SOPERJ – Rua da Assembleia, 10 / sala 1812