Transfusão de Sangue Requer Cuidados (Continuação da edição anterior)

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,7% da população brasileira doa sangue e este número deve ser elevado para 3% a 4% para que não falte sangue nos hospitais. Dentro desta ótica, a Hemoterapia Pediátrica tem tido cada vez mais importância, pois a criança doente tem chances de recuperação e uma longa vida pela frente que pode ser ceifada caso haja uma transmissão de vírus pela transfusão de sangue. Por isto, a tecnologia cada vez mais avançada nesta área mais uma vez apresenta aparelhos capazes de separar componentes sangüíneos de um mesmo doador de sangue em alíquotas pequenas, por sistema fechado, e permitir que seu pequeno paciente seja exposto ao menor número possível de componentes sangüíneos de doadores diferentes.
É preciso pensar que a responsabilidade médica sobre uma transfusão sangüínea feita na criança vai além dos muros do hospital, e que a tecnologia deve ser implementada em todos os Serviços de Medicina Transfusional aumentando, assim, a segurança de uma transfusão de sangue.
A conotação de que sangue é vida sem dúvida é real, mas sempre é bom lembrar que, embora o sangue seja o transplante líquido mais bem tolerado, sua rejeição pode acarretar uma reação hemolítica grave. Desta forma, sempre que formos indicar uma transfusão de sangue para o paciente temos de ter a certeza de que os benefícios serão sempre maiores que os riscos.
Elisabeth Frossard – Chefe do Serviço de Medicina Transfusional
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Bibliografi a: 1-RESOLUÇÃO – RDC Nº 153, DE 14 DE JUNHO DE 2004. 2- ANVISA
www.anvisa.gov.br